Para quem eu escrevo? Produção textual no livro didático e os desafios de escrever numa esfera específica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Siqueira Junior, Adejair do Espírito Santo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/5584
Resumo: “Para quem eu escrevo?” Produção textual no livro didático e os desafios de escrever numa esfera fictícia. Esta pesquisa teve por objetivo refletir a produção textual no livro didático de língua portuguesa (LDLP) do Ensino Fundamental (EF) Araribá Plus Português, 6º ao 9º ano, (2014). Como córpus de análise consideraram-se os pressupostos teóricos defendidos no manual do professor (MP) e a seção Leitura e produção de texto, na qual constam as tarefas de produção escrita propostas no LD. Esse recorte levou em conta o entendimento do MP como produção discursiva pautada numa determinada concepção de língua, o que permite depreender os contrastes entre o que se diz no MP e o que é apresentado ao aluno como tarefa. Esta pesquisa buscou responder às perguntas: Como o LDLP descreve escrita com base numa teoria enunciativa? Qual o caráter interativo das propostas de produção de texto? De que maneira as propostas de produção de texto se articulam com a(s) teoria(s) apresentada(s) no MP do LDLP? Também foram consideradas as concepções de escrita propostas pelos Parâmetros curriculares Nacionais (PCN) para o EF e os pressupostos da seção produção de textos escritos, dos últimos Editais PNLD 2011, 2014 e 2017. Pois a partir desses documentos, foi possível trazer à luz, de um modo geral, como se vem compreendendo produção escrita nos últimos anos nos LD. Considerando a área dos estudos da linguagem, especialmente, Análise do Discurso (AD) de base enunciativa, nos ancoramos nas noções de discurso (BAKHTIN, 2003), enunciação (MAINGUENEAU, 2009) e enunciado concreto (BAKHTIN, 2003); (SOUZA, 2002). Os resultados da análise apontam para uma compreensão, por parte do MP do LD, de “enunciado concreto” que não considera um interlocutor efetivo; e uma predominância de propostas de texto escrito que evidenciam um interlocutor quase sempre voltado para o contexto escolar. As conclusões nos remetem à necessidade de repensar o ensino de escrita de modo a construir junto aos alunos produções de texto que façam sentido ou que lhes caibam em seus contextos reais de uso da língua