A relação entre fala e escrita na alfabetização: “mas é que a gente fala assim”

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ribeiro, Natalia Pinagé
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/15854
Resumo: Este estudo se insere na linha de pesquisa Linguagem, Cultura e Processos Formativos e resulta de uma pesquisa realizada com crianças de 2o ano do Ensino Fundamental do Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, no ano de 2019. A pesquisa teve por objetivos compreender: a) como a relação entre a fala e a escrita se apresenta nos textos das crianças; e b) que relações as crianças estabelecem para utilizar os recursos gráficos que observam na escrita. Durante cinco meses acompanhamos as aulas de uma turma em processo de alfabetização. As observações feitas nas aulas foram registradas em caderno de campo e as interações, as conversas, foram gravadas em áudio. Os textos orais e escritos produzidos em sala de aula constituem o material da pesquisa. O referencial teórico-metodológico está fundamentado na perspectiva histórico-cultural, com ênfase na teoria da enunciação de Bakhtin. Com base em Smolka (2012), damos destaque à perspectiva discursiva da alfabetização, em que as crianças aprendem a escrever no contato vivo com os outros e com a língua, a partir das análises que fazem “ao dizer por escrito”. Pressupomos que, nesse processo, as crianças estabelecem, em alguma medida, relações entre fala e escrita e buscamos investigar a natureza dessas reflexões e relações, com base na perspectiva da heterogeneidade constitutiva dos discursos (CORRÊA, 1997, 2004). A análise do material evidenciou a natureza das relações entre fala e escrita estabelecidas pelas crianças da turma, os movimentos que realizaram para utilizar os recursos gráficos observados na escrita e a forma como transitaram entre os dois modos de enunciação – o oral e o escrito – para escrever e para aprender sobre a escrita