Para acompanhar seu dia: controvérsias e negociações entre o consumo das playlists situacionais do Spotify e o gosto musical

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Rabelo Luccas, Régis
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/25073
Resumo: Esta dissertação lança o olhar sobre as playlists da plataforma Spotify que direcionam a fruição musical para determinados moods (estados emotivos) e situações cotidianas, aqui identificadas como playlists situacionais, a fim de investigar a percepção dos usuários acerca dessas categorizações, identificando, nesse processo, reforços e tensionamentos do gosto e dos valores simbólicos e afetivos que os ouvintes partilham em relação à fruição cotidiana, bem como as negociações que estes realizam entre os atores humanos e nãohumanos que integram o consumo musical no ecossistema digital. Para tanto, a pesquisa adota a Teoria Ator-Rede e a Performance de gosto como principais referenciais teóricometodológicos capazes de mapear as controvérsias e negociações envolvendo as recomendações algorítmicas do Spotify e os agenciamentos estéticos mediados pela experiência musical nas plataformas. A problematização do trabalho tem como premissa a conjuntura de plataformização da música que levou com que as corporações de streaming apostassem no gosto musical dos usuários como o principal marcador de consumo e desenvolvessem sistemas de curadoria e recomendação baseados na personalização das preferências musicais. A partir da realização de entrevistas em profundidade com usuários frequentes da plataforma, foi possível identificar sensos e dissensos entre as categorizações e o gosto dos usuários, e como estes se apropriam das playlists e de seus imaginários para dar suporte à realização de atividades cotidianas, modulação das emoções e ambientação de espaços.