A experiência do cinema engajado brasileiro através de Cabra marcado para morrer: entre o cinema e a história

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Velden, Alexandre Irigiyen Vander
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/13911
Resumo: Essa dissertação objetiva analisar historicamente o filme Cabra marcado para morrer (Eduardo Coutinho, 1984) e para isso visita os meandros de sua produção e recepção, assim como utiliza suas “imagens e sons” como fonte para pensar tanto a história do cinema como da sociedade. Argumentando junto a trabalhos contemporâneos que revisitam a “historiografia consolidada” sobre a produção cultural “nacional-popular” da década de 1960 – momento da primeira tentativa de filmar Cabra marcado – , esse trabalho procura compreender essa experiência de maneira mais contraditória, a partir da complexidade presente nas obras, assim como dos conflitos existentes entre os artistas, intelectuais e militantes na época. Esse trabalho também visita as transformações no Brasil e na carreira de Coutinho ao longo da década de 1970, com as transformações na sociedade e a consolidação da indústria cultural. Já Cabra marcado é visitado junto ao contexto histórico do início da década de 1980: a “abertura democrática”, o surgimento do “novo sindicalismo” junto ao ascenso dos trabalhadores no Brasil e a reorganização da esquerda passando pela formação do Partido dos Trabalhadores. Por fim, uma análise minuciosa do documentário é proposta, buscando articular suas escolhas de “enredo”, de técnicas e de linguagem com os paradigmas e questões próprias de seu momento histórico.