Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Nunes, Armando Teixeira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/27233
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Resumo: |
Os maçaricos usualmente empregados desde o início do século XX na indústria e no comércio utilizam como elemento combustível e comburente, os gases acetileno (C₂H₂) e oxigênio (O₂), respectivamente. Estes dois gases são adquiridos no mercado já processados para o seu uso imediato, principalmente para a realização de processos de soldagem, corte, aquecimento e fundição. O presente estudo apresenta a viabilidade técnica e econômica da utilização de um maçarico que emprega os gases hidrogênio (H₂) e oxigênio (O₂), obtidos via o processo de eletrólise da água, sendo que os gases gerados são utilizados imediatamente, sem a necessidade de armazenamento em vasos de pressão. Na indústria e no comércio, os maçaricos comumente utilizados são robustos e precisam periodicamente serem recarregados e o proprietário precisa armazenar o equipamento contendo os gases. O gás acetileno por ser um hidrocarboneto, quando queimado libera grandes quantidades de dióxido de carbono (CO₂), gás este causador do efeito estufa e ao mesmo tempo o acetileno por ser altamente tóxico, exige um cuidado maior do operador do equipamento com relação a sua exposição aos gases, principalmente quando o mesmo é utilizado em espaços confinados e/ou reduzidos. Este estudo também visa analisar a viabilidade econômica do equipamento, usando para isso a comparação entre a aquisição de um equipamento tradicional e o equipamento construído e pesquisado. O estudo econômico ainda faz uma comparação entre o custo da produção dos gases via eletrólise e a compra dos gases C₂H₂ e O₂ em fornecedores locais, finalizando com a simulação dos custos operacionais de uma suposta empresa com o uso de ambos os equipamentos. O uso do maçarico com chama proveniente de gás oxi-hidrogênio gerado a partir da eletrólise da água, tem ainda como finalidade proporcionar uma sustentabilidade em nível ambiental e social devido às características inerentes do processo. Os resultados desta pesquisa mostram que o uso de volume de 1,5 litros de KOH como eletrólito suporte na concentração de 20 g L⁻¹ e com corrente de 15A foi a configuração entre todas as 12 pesquisadas que apresentou maior eficiência térmica, tendo atingido uma média de 990°C para a chama, sendo ainda observado que nestas condições as temperaturas dos reservatórios de hidrogênio e oxigênio foram também as mais elevadas. Foi possível observar que a concentração de eletrólito de suporte quando aumentada para 40 g L⁻¹ de KOH promove uma maior dissipação de calor na célula eletrolítica e nos reservatórios, ocasionando menores temperaturas na operação do maçarico. Pode-se concluir também que a variação da corrente e da concentração do eletrólito suporte influencia diretamente a produção dos gases formados no ânodo (oxigênio) e no cátodo (hidrogênio), decorrente do aquecimento da célula eletrolítica, promovendo uma variação na velocidade de circulação do eletrólito dentro da célula eletrolítica e consequentemente nos reservatórios dos gases. O melhor resultado econômico-financeiro obtido foi aquele onde se utilizou na produção de chamas a combinação de 1,5 litros de eletrólito, a uma corrente de 15 A e concentração de eletrólito suporte de 20 g L⁻¹ de KOH, quando comparado a produção de chamas do maçarico convencional, em mesmas condições de temperaturas e vazão dos gases combustível e comburente. |