Associação entre doença renal crônica e alterações cardiovasculares em uma população de atenção primária

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Greffin, Suzana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Fluminense
Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/7701
Resumo: Introdução. A doença cardiovascular (DCV) é especialmente prevalente em pacientes com doença renal crônica (DRC), com risco aumentado desde seus estágios iniciais. No presente estudo, avaliamos o papel da DRC e da síndrome metabólica (SM), que é um conjunto de fatores de risco cardiovascular, como previsores de DCV. Métodos. Estudo observacional, transversal, com uma amostra representativa da população assistida pelo programa de atenção primária em Niterói- RJ, Brasil, incluindo pacientes com idade igual ou maior do que 45 anos. A DRC foi diagnosticada pelos critérios do KDOQI (do inglês, Kidney Disease Outcomes Quality Initiative) e a SM, pelo critério harmonizado. A DCV foi diagnosticada por uma variável composta, definida como a presença de um ou mais dos seguintes achados: alterações ecocardiográficas (disfunção sistólica, diastólica ou hipertrofia ventricular esquerda), história de infarto do miocárdio (IAM), acidente vascular cerebral ou insuficiência cardíaca. Um modelo de regressão logística foi desenvolvido para analisar os fatores de risco para DCV usando DRC como a variável primária de interesse. Resultados. Foram analisados 581 participantes (61,7% mulheres), com idade média de 59,4±10,2 anos. A prevalência da DRC foi de 27,9%. Em participantes sem DRC, a SM foi associada com um significativo aumento no risco de DCV (OR=1,52, P=0,037); naqueles com DRC, mas sem SM o risco para DCV foi mais significativo (OR=2,42, P=0,003); já quando ambos estavam presentes, o risco para DCV foi de uma magnitude ainda mais elevada (OR=5,13, P<0,001). Conclusão. Neste estudo, envolvendo uma população de um programa de atenção primária, a DRC foi confirmada como um fator de risco independente para DCV. A presença da SM concomitante com a DRC ampliou substancialmente este risco