Pesquisa de Mycoplasma spp. e Chlamydia spp. em aves e serpentes do zoológico do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Magalhães, Bárbara Souza Neil
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/22393
http://dx.doi.org/10.22409/MPV-CV.2019.d.11153273721
Resumo: Micoplasmose e clamidiose são doenças de grande importância em animais sob cuidados humanos por causarem alterações respiratórias e reprodutivas, alta mortalidade e morbidade. O objetivo do presente estudo foi verificar a ocorrência de Mycoplasma spp. e Chlamydia spp. em aves e serpentes no zoológico do Rio de Janeiro (RIOZOO). Para pesquisa de Mycoplasma spp., foram estudados 81 indivíduos do plantel total de 635 aves, contidos para exames rotineiros de avaliação da condição de saúde e pertencentes às Ordens Psittaciformes (n=45), Accipitriformes (n=18), Galliformes (n=7), Piciformes (n=5), Strigiformes (n=4), Falconiformes (n=1) e Cariamiformes (1), além de 82 patos-crioulos de vida livre. No cultivo, não houve isolamento de Mycoplasma spp. em nenhuma das amostras testadas das aves do plantel, já à PCR, 63,0% (51/81) foram positivas para presença de bactéria da classe Mollicutes, 1,2% (1/81) para Mycoplasma gallisepticum (MG) e 12,3% (10/81) para M. sinoviae (MS). Já nos patos, foram isoladas bactérias da classe Mollicutes em 21,9% (18/82) das amostras e à PCR, 17,1% (14/82) foram positivas para Mollicutes, sendo 6,1% (5/82) MG e 3,6% (3/82) MS. Amostras de patos no sequenciamento, apresentaram similaridade com MG (GenBank MN067530); Acholeplasma laidlawii; Acholeplasma spp.; M. glycophilum; M. columborale; M. gallinaceum e M. ansersalpingitis. Também foram estudadas todas as 26 serpentes do RIOZOO por isolamento e PCR para Mycoplasma spp. Ao isolamento, houve positividade em 19,23% (5/26), enquanto à PCR, a positividade foi de 65,38% (17/26). Nas sequências obtidas houve similaridade (95 a 97%) com M. agassizii, M. testudineum e algumas espécies de micoplasmas ainda não identificadas encontradas em quelônios. Pela primeira vez foi observado Mycoplasma spp. em indivíduos das famílias Boidae e Viperidae. Para o estudo de Chlamydia spp. foram testados 123 animais: sete serpentes (Família Pythonidae), 68 aves das ordens Psittaciformes (n=48), Galliformes (n=6), Accipitriformes (n=5), Piciformes (n=3), Strigiformes (n=4), Falconiformes (n=1) e Cariamiformes (n=1) e 48 indivíduos da espécie Cairina moschata (pato-crioulo) de vida livre, dos quais foram coletados suabes cloacais e nenhum foi positivo. Estudos mais aprofundados sobre a presença de Chlamydia spp. são necessários para estudo da epidemiologia desse agente em animais de zoológicos. A presença de Acholeplasma spp., e Mycoplasma spp. em aves e serpentes do RIOZOO confirma a circulação destes agentes e a necessidade de mais estudos sobre sua disseminação e análise epidemiológica em zoológicos