O receptor CB1 nas retinopatías: uma revisão sobre como o receptor canabinoide tipo 1 atua nas retinopatias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Silva, Adrielle Christina de Paiva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/37365
Resumo: De acordo com a Organização Mundial de Saúde (2021), um prejuízo visual em humanos afeta gravemente nossa qualidade de vida. Algumas retinopatias podem levar a consequência mais grave: a cegueira. Dentro dessas patologias visuais, as mais comuns são a degeneração macular relacionada à idade (DMRI), o glaucoma e a retinopatia diabética. A retinose pigmentar, apesar de menos frequente, por sua gravidade também pode levar a perda total da visão. Vários estudos têm sido desenvolvidos com o objetivo de prevenir ou retardar essa falta total da visão. Alguns desses estudos mostram o sistema endocanabinoide como uma promissora alternativa, em especial os receptores, justamente por suas diversidades funcionais na homeostase e nos processos patológicos. Dentre os receptores canabinoides, CB1 (CB1R) se expressa nas retinas de diferentes animais de forma bastante extensa. Diante disso, nos questionamos se a modulação desse receptor poderia ter algum papel nas retinopatias, se sua atuação seria benéfica ou deletéria para o estabelecimento/desenvolvimento das mesmas. Com o objetivo de responder esse questionamento, revisamos 20 artigos que foram agrupados por retinopatia: DMRI, retinopatia diabética, glaucoma e retinose pigmentar. Em paralelo, também foram incluídos nossos dados experimentais preliminares sobre o envolvimento do CB1R na degeneração dos fotorreceptores em modelo murino de retinose pigmentar (rd10). Diante de nossa revisão e dos resultados experimentais, observamos que na DMRI o CB1R parece apresentar uma característica deletéria. Igualmente, na retinopatia diabética, o CB1R parece auxiliar no curso dos danos através de sua expressão e ativação. Por outro lado, nos estudos referentes ao glaucoma, o receptor se demonstra massivamente protetor, com sua ativação protegendo a retina dos danos propostos e sua inibição privilegiando as características patogênicas. Contudo, conforme na DMRI e na retinopatia diabética, na retinose pigmentar, o CB1R também se mostrar deletério e para o desenvolvimento / evolução da retinopatia, estar ativado se faz importante e sua inibição tende a proteger. Em nossos dados experimentais preliminares, a inibição do receptor CB1R também demonstrou uma tendência à proteção retiniana. Diante do exposto, concluímos que o receptor CB1 apresenta características duais, ativá-lo ou inibi-lo pode levar a proteção, isso a depender principalmente da retinopatia investigada.