Presença do polimorfismo 894G>T da óxido nítrico sintase endotelial altera as respostas hemodinâmicas durante o estresse mental realizado após um exercício dinâmico máximo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Ayres, Natália Galito Rocha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/12480
Resumo: O óxido nítrico (NO) é um dos principais mediadores da vasodilatação durante o estresse mental e, em um grau variável, durante o exercício dinâmico. Considerando que os polimorfismos genéticos no gene da óxido nítrico sintase endotelial (eNOS) parecem limitar a produção de NO, esta dissertação teve como objetivo avaliar os efeitos do polimorfismo 894G>T da eNOS localizado no exon 7 sobre as respostas hemodinâmicas ao estresse mental, antes e após um teste de esforço máximo cardiopulmonar. Trinta e cinco indivíduos saudáveis foram avaliados (32 ± 9 anos, 80% mulheres), 16 sem (grupo selvagem; genótipo GG) e 19 com o polimorfismo 894G>T (grupo polimórfico, GT ou genótipo TT). O teste de estresse mental utilizado foi o teste conflito palavra-cor (Stroop color word test) antes e 60 minutos após um teste de esforço máximo cardiopulmonar (TECP) realizado em uma esteira rolante com um protocolo de rampa individualizado a fim de alcançar o esforço máximo entre 8-12 minutos. Durante o estresse mental, pressão arterial foi medida pelo método auscultatório, a freqüência cardíaca por um freqüencímetro e a reatividade vascular do antebraço, pelo método de pletismografia de oclusão venosa. A condutância vascular do antebraço foi obtida a partir da relação entre o fluxo sanguíneo do antebraço e a pressão arterial média. Todas as avaliações foram realizadas de forma duplo-cego. Os grupos selvagem e polimórfico foram semelhantes quanto às variáveis antropométricas, metabólicas, de pressão arterial em repouso e de TECP (P > 0,05). As proporções genotípicas estavam em equilíbrio de Hardy-Weinberg (P > 0,05). Antes do TECP, a resposta da pressão arterial sistólica durante o estresse mental foi maior no grupo polimórfico (Δ grupo selvagem: 5,1 ± 2,0% vs Δ grupo polimórfico: 11,2 ± 1,8%, P = 0,04), enquanto o aumento da condutância vascular foi semelhante entre os grupos (Δ grupo selvagem: 69,0 ± 22,1% vs Δ polimórfico: 57,8 ± 20,1%, P = 0,46). Após o TECP, a pressão arterial sistólica apresentou-se diminuída durante o basal e o estresse mental quando comparado ao momento anterior ao TECP (P < 0,05), independentemente do genótipo. No entanto, a resposta de pressão arterial sistólica durante o estresse mental foi ainda maior no grupo polimórfico (Δ grupo selvagem: 3,6 ± 1,6% vs Δ grupo polimórfico: 8,9 ± 1,4%, P = 0,04). A resposta de condutância vascular durante o estresse mental foi menor no grupo polimórfico quando comparado ao momento anterior ao TECP (Δ grupo polimórfico antes do TECP: 57,8 ± 20,1% vs Δ grupo polimórfico após o TECP: 21,0 ± 12,9%, P = 0,03). As respostas de pressão arterial diastólica e freqüência cardíaca ao estresse mental foram semelhantes entre os grupos antes e após o TECP (P > 0,05). Assim, conclui-se que os indivíduos com o polimorfismo 894G>T apresentam maior resposta pressórica ao estresse mental, tanto antes como após uma sessão de exercício dinâmico máximo, e uma menor resposta de condutância vascular após o exercício