Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Saad, Maria Auxiliadora Nogueira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/4620
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Resumo: |
Introdução: A obesidade cresce de forma epidêmica e em paralelo com o envelhecimento populacional em países desenvolvidos e em desenvolvimento, estando associada a um elevado risco cardiovascular. Com o processo de envelhecimento observa-se mudanças do perfil antropométrico, como o aumento da gordura corporal total, redução da estatura e da massa magra, o que altera a distribuição da gordura corporal e, com isso, modifica a sensibilidade à ação da insulina e causa resistência insulínica (RI). O índice de massa corporal (IMC) é uma medida antropométrica tradicional para avaliação da composição corporal e associação com o risco cardiovascular. Entretanto, nos idosos o IMC é um indicador pouco preciso no estudo da distribuição da gordura corporal, sendo necessária a adoção de novos índices antropométricos para avaliação do estado nutricional e associação com o risco cardiometabólico. A RI, caracterizada pelo declínio progressivo da resposta fisiológica dos tecidos periféricos a ação de níveis normais de insulina, é um achado frequente em doenças crônicas como o diabetes mellitus (DM) e hipertensão arterial sistêmica (HAS), que são prevalentes na população idosa. Objetivo: O objetivo geral do presente estudo é descrever o perfil antropométrico e metabólico de idosos assistidos na atenção primária de saúde e estudar sua associação com os fatores de risco cardiovascular. Métodos: Foram avaliados 411 idosos (304 mulheres) assistidos na atenção primária da cidade de Niterói, RJ. A anamnese, coleta de dados sociais, exame clínico, medidas antropométricas e avaliação da composição corporal, através de bioimpedância elétrica (BIA), foram feitas pelo mesmo avaliador. Os exames laboratoriais foram analisados a partir de amostra de sangue coletada em jejum, para avaliação do perfil metabólico. A análise estatística foi feita através da correlação de Pearson, teste de Student e Mann Whitney, com p<0,05 significante. A curva ROC avaliou o desempenho das medidas antropométricas na identificação da RI e com os critérios diagnósticos da Síndrome Metabólica (SM). Resultados: A prevalência de SM foi elevada nos critérios diagnósticos National Cholesterol Education Program Adult Treatment Panel III (NCEP-ATP III), International Diabetes Federation (IDF) e Joint Interim Statement (JIS). A mediana do peso corporal (76,1kg vs 66,5kg, p<0,01), da circunferência do pescoço (CP) (39,4cm vs 33,5cm, p<0,01), da circunferência da cintura (CC) (99,9cm vs 94cm, p<0,01) e da relação cintura/quadril (RCQ) (1 vs 0,93, p<0,01), foram maiores no sexo masculino. O percentual de gordura corporal (%GC) e a circunferência do quadril (CQ) foram maiores no sexo feminino (100,9cm vs 97,1cm, p<0,01). A CP demonstrou forte correlação com a CC (r=0,70, p<0,01) no sexo masculino e com o IMC no sexo feminino (r=0,72, p<0,01). Na curva ROC, a CP apresentou junto à CC a melhor correlação com a RI no sexo feminino e a CC seguida do IMC no sexo masculino. Conclusão: A população idosa estudada apresentou elevada prevalência de SM. O %GC foi maior no sexo feminino e os indicadores de obesidade central, como a CP e CC foram maiores no sexo masculino. A CP demonstrou ser uma medida antropométrica de obesidade central e preditora de RI, que pode ser utilizada em associação com a CC na avaliação de risco cardiovascular de idosos assistidos na atenção primária |