Avaliação da composição corporal e do conteúdo de bactérias do gênero lactobacillus e enterococcus de pacientes com insuficiência cardíaca antes e após o consumo de chocolate com 70% de cacau

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Oliveira, Vivianne Pereira Simões de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/12455
Resumo: INTRODUÇÃO: A insuficiência cardíaca é uma doença capaz de promover disbiose intestinal devido à hipoperfusão tecidual, além de estar associada à presença de sobrepeso/obesidade. Neste sentido, uma vez que o chocolate amargo com alto teor de cacau parece modular a composição corporal e a microbita intestinal, faz-se necessário o estudo de seus efeitos na população com insuficiência cardíaca. OBJETIVO: Avaliar os efeitos do chocolate amargo com 70% de cacau sobre a composição corporal e o conteúdo de Lactobacillus spp. e Enterococcus spp. em pacientes com insuficiência cardíaca. MÉTODOS: Pacientes atendidos na Clínica de Insuficiência Cardíaca Coração Valente foram incluídos no estudo por meio de critérios de seleção. A amostra foi distribuída por conveniência em grupo controle (GC;n=9) e grupo experimental (GE; n=14)). O GC foi orientado a não consumir chocolate e derivados durante o período de 4 semanas. O GE foi orientado a consumir 50g de chocolate amargo com 70% de cacau diariamente pelo mesmo período. Para análise do conteúdo de polifenóis do chocolate amargo com 70% de cacau utilizou-se o método Folin-Ciocalteau. Para análise da ingestão alimentar, os pacientes do GC e GE foram submetidos ao recordatório de 24 horas no momento inicial e ao final do período de acompanhamento de 4 semanas. Ambos os grupos foram submetidos à avaliação da composição corporal pela absorcimetria por dupla emissão de raio X (DXA) e plestimografia por descolamento de ar (BOD POD), e coleta de fezes no início e ao final do acompanhamento. Para análise do conteúdo fecal de Lactobacillus spp. e Enterococcus spp. utilizou-se o método quantitativo de contagem de unidade formadora de colônia (UFC). O trabalho foi submetido e aprovado pelo comitê de ética da UFF. Todas as análises foram realizadas pelo software GraphPad Prism 5.0. RESULTADOS: O chocolate utilizado na pesquisa apresentou cerca de 734, 8 ± 37,2 mg de equivalente de ácido gálico (EAG/100g) de polifenóis, sendo 31,67 ± 1,29 mg/100g referente aos flavonóides. Após o período de 4 semanas o GE apresentou aumento da ingestão de lipídios (p=0,02) e redução da ingestão de proteínas (p=0,02) comparado ao GC. Com relação a análise da composição corporal pelo DXA e BOD POD não foi observada diferença estatística (p>0,05) em nenhuma variável após o período de 4 semanas para ambos os grupos. No que se refere ao conteúdo de Lactobacillus spp. e Enterococcus spp, foi observada maior variação de Enterococcus spp. no GE ao final do estudo. No entanto, não foi observada correlação significativa entre estas bactérias com os indicadores da composição corporal por meio do DXA (p> 0,05) em ambos os grupos. CONCLUSÃO: O consumo de chocolate amargo com 70% de cacau por 4 semanas não foi capaz de promover mudanças significativas nos indicadores de composição corporal em ambos os grupos. No entanto, uma variação significativamente maior de Enterococcus spp. foi observado ao final do estudo no GE sugerindo benefício para esses pacientes, desde a capacidade probiótica