Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Pontes, Gabriela Cugler de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/35544
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Resumo: |
O óxido nitroso (N2O) é um potente gás de efeito estufa (GEE) com capacidade significativa de catalisar a destruição da camada de ozônio. Tradicionalmente, as emissões de N2O têm sido associadas principalmente aos processos do solo. No entanto, estudos recentes destacaram as árvores como fontes cruciais de N2O nas florestas tropicais de várzea Amazônica. No Brasil, as planícies aluviais da Amazônia e do Pantanal são notáveis não apenas por suas contribuições para as emissões de N2O, mas também por sua vulnerabilidade às variações climáticas, que deverão se intensificar no futuro. Este estudo tem como objetivo investigar como variações nos regimes hidrológicos afetam a dinâmica de emissão de N2O em solos e árvores jovens, bem como suas interações, nos ecossistemas de várzea da Várzea Amazônica e do Pantanal. Para atingir esse objetivo, foram realizadas três metodologias: análise de microcosmos para explorar a dinâmica do N2O em solos superficiais da várzea da Várzea amazônica; análise do mesocosmo para estudar emissões do solo e de árvores jovens (Pseudobombax munguba (Mart.) Dugand) na várzea amazônica; e uma abordagem in situ para avaliar as emissões do solo e das árvores adultas durante a estação seca na planície de inundação do Pantanal. No primeiro experimento, os solos superficiais da Várzea Amazônica revelaram padrões distintos de emissão de N2O em resposta a fortes chuvas e inundações prolongadas. Eventos de chuva intensa induziram picos nas emissões de N2O, enquanto inundações prolongadas inicialmente aumentaram as emissões seguidas por um declínio padrão, devido à supressão da produção de N2O em condições anaeróbicas e ao aumento do sequestro de N2O, transformando temporariamente os solos em sumidouros de N2O. Os experimentos do mesocosmo com solo e árvores jovens na Várzea Amazônica destacaram a relação intrínseca entre os níveis de umidade ambiental e a dinâmica do N2O. As descobertas enfatizam o papel do tronco das árvores na mitigação dos picos de emissão de N2O no solo, revelando que o tronco das árvores pode funcionar tanto como fontes quanto como sumidouros de N2O, semelhante aos solos. A análise in situ no Pantanal demonstrou que as emissões de N2O são significativamente influenciadas por eventos de precipitação durante a estação seca, com variações observadas que variam de aumentos a diminuições nas taxas de emissão, dependendo do tipo de solo e da cobertura vegetal. Em conclusão, este estudo fornece informações valiosas sobre a dinâmica das emissões de N2O em florestas tropicais de várzea, ressaltando a complexidade das interações entre solo, árvores e regimes hidrológicos. Os resultados destacam a necessidade de considerar estes fatores na gestão e conservação destes ecossistemas, especialmente no contexto das mudanças climáticas projetadas. A compreensão destas dinâmicas é crucial para o desenvolvimento de estratégias eficazes para mitigar as emissões de GEE e preservar a integridade ecológica das florestas de várzea. |