O caso Playboy na mídia brasileira: quando o cotidiano mitifica o criminoso ao reforçar o estereótipo de criminalidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Briggs Júnior, Carlos Alberto Milhomens
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/9770
http://dx.doi.org/10.22409/PPGMC.2019.m.04114525769
Resumo: Esta pesquisa propõe uma discussão acerca da manutenção do estereótipo de criminalidade diante das narrativas midiáticas, a serviço da classe hegemônica. Parte-se da perspectiva de que esse discurso objetiva garantir a manutenção da estrutura de classes. Assim, esta pesquisa procura também estabelecer um diálogo com os autores que analisam os discursos da mídia em relação a episódios de violência, sob a justificativa de compreender o processo de construção simbólica de localização do medo. A pesquisa central se baseia na análise das narrativas midiáticas produzidas pelos sites de notícias com maior alcance do Rio de Janeiro. Como pesquisa secundária, procurou-se entrevistar jornalistas das principais redações do Rio de Janeiro e que ocupam os mais variados cargos. Treze matérias dos principais sites de notícias do país sobre Luiz Fernando da Costa, mais conhecido como Fernandinho Beira-Mar, Luciano Martiniano, o Pezão, e Celso Pinheiro Pimenta, mais conhecido como Playboy, foram analisadas,em um movimento imbricado em Playboy na direção da imprensa carioca e vive-versa, tendo em vista a análise de que o bandido desloca a construção social de criminalidade e volta a garantir um lugar de fala na sociedade. Supõe-se, ainda, que esses movimentos contribuíram para a construção da memória social de Playboy muito além das páginas policiais. Dessa forma, procura-se analisar a construção simbólica de como Playboy se destaca em outros campos sociais, em uma perspectiva em que esses campos reproduzem parte do discurso hegemônico, por meio das narrativas midiáticas.