A visão gerativista sobre a inacusatividade: sumário de um longo percurso histórico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Miguel de Mendonca Ferreira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/30687
Resumo: Os verbos monoargumentais são de dois tipos: os inergativos, que contêm apenas argumento externo, e os inacusativos, que contêm apenas um argumento interno. No português brasileiro (PB) e no inglês, há evidências sintáticas para a existência dessas classes. Essa dissertação se disporá a analisar os verbos monoargumentais sob a ótica da Teoria Gerativa, e a elaborar uma análise dos processos sintáticos e da cronologia do fenômeno da inacusatividade. A análise inicia- se com Perlmutter (1978) e sua Hipótese Inacusativa, que capturou as diferenças comportamentais entre os monoargumentais. Os conceitos das Teoria Temática e do Caso, e suas evoluções ao long do tempo, são explicitadas ao confluírem na hipótese inacusativa. A Generalização de Burzio, já durante a Teoria de Regência e Ligação (TRL), também recebe destaque. Uma minuciosa análise das hipóteses de Camadas Verbais e da Split-INFL ao longo da TRL e do programa minimalista (PM) demonstra como ambas influenciaram o desenvolvimento da compreensão da inacusatividade. Conceitos que caíram em desfavor, como sintagmas de concordância e regência, são visitados ao explicarem mudanças profundas na compreensão sintática dos verbos. Fundamentais introduções no gerativismo no PM, como Merge, Spell-out, traços, fases, dentre outros, são contextualizados junto à hipótese inacusativa. É discutido o tema, ainda em aberto na Linguística formal, sobre se vPs de inacusativos comporiam ou não uma fase, com profundas consequências na formulação da derivação dos inacusativos em si. Em decorrência disto, também não há consenso sobre o deslocamento do argumento interno durante a derivação das inacusativas. Uma proposta é ofertada, com Caso sendo checado por um mesmo núcleo sintático.