Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Silva, Bruna Teixeira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/37286
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Resumo: |
O desenvolvimento do sistema nervoso central (SNC) compreende diferentes etapas que são essenciais para a formação apropriada dos circuitos neurais e que são sensíveis às influências do meio. Atualmente, a cafeína é a droga psicoativa mais consumida no mundo e atua como antagonista dos receptores A1 e A2a de adenosina. O hipocampo é uma estrutura altamente plástica que está envolvida com o processamento da memória e aspectos emocionais, com a ansiedade. Trabalhos anteriores do nosso grupo mostraram que a cafeína leva a uma ruptura das conexões do sistema visual em diferentes estágios do desenvolvimento. Nosso trabalho se propôs a investigar os efeitos da cafeína ingerida durante a lactação no comportamento e no hipocampo da prole de ratos. Nós utilizamos ratos Lister Hooded e as mães receberam a cafeína (1 g/L) na garrafa de água do dia do nascimento dos filhotes até o dia pós-natal 21. Os animais controles receberam água. Depois desse período, os animais passaram por uma bateria de testes comportamentais. Após isso, o hipocampo dorsal e ventral foi processado para análises neuroquímicas através do Western Blot e imunofluorescência. Encontramos diferenças sexuais nos efeitos da cafeína. A droga induziu um comportamento tipo-ansioso nas fêmeas. Por outro lado, nos machos a cafeína induziu uma hiperlocomoção e teve um efeito ansiolítico. As fêmeas apresentaram uma aparente diminuição do receptor A2a nos hipocampos, uma diminuição de GFAP no hipocampo ventral e um aparente aumento no hipocampo dorsal, além de uma diminuição aparente de CD68 no hipocampo dorsal após a exposição à cafeína. Nos machos, os efeitos da cafeína no GFAP foram opostos aos das fêmeas, e não tiveram diferenças na CD68. Além do mais, os machos e as fêmeas mostraram um padrão distinto dos receptores de glutamato e da enzima GAD65, o que leva a uma alteração no balanço excitação/inibição nos hipocampos dorsal e ventral. Concluímos que a ingestão de cafeína durante a lactação causa mudanças comportamentais e afeta o desenvolvimento de filhotes machos e fêmeas. |