Adesivo experimental com análogos biomimétricos pode influenciar na estabilidade da interface adesiva em dentina afetada por cárie?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Santos, Juliane Cuciniello dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/22145
Resumo: O objetivo do estudo foi caracterizar um adesivo experimental de três passos com análogos biomiméticos de proteínas não colagenosas da dentina (EXP AB) e verificar sua estabilidade adesiva em dentina afetada por cárie comparando com dentina hígida. Para a síntese do primer com análogos biomiméticos foi preparada uma mistura dos monômeros 2-hidroxietil metacrilato (HEMA) 40% p/p e dimetacrilato gliceril dianidrido piromelítico (PMGDM) 20% p/p; dos solventes etanol (35% p/p) e água (4% p/p); dos fotoiniciadores canforoquinona (0,5% p/p) e etil-4-dimetilaminobenzoato (EDMAB) 0,5% p/p; e dos análogos biomiméticos ácido poliacrílico (APA 5% p/p) e trimetafosfato de sódio (TMPS 5% p/p). O adesivo com análogos biomiméticos foi preparado com a mistura de bisfenol glicidil dimetacrilato (Bis-GMA) 70% p/p, HEMA (29% p/p), canforoquinona (0,5% p/p), EDMAB (0,5% p/p), acrescido de partículas de cálcio-fosfato (Ca/P – 20% p/p) que foram constituídas pela mistura de monohidratado de fosfato monocálcio (MFMC 9% p/p), fosfato beta-tricálcico (þTCP 10,5% p/p) e Ca(OH)2 (0,5% p/p). No adesivo experimental controle (EXP CT), não foram acrescidos os análogos biomiméticos e os carreadores de cálcio e fósforo no primer e no adesivo. O sistema adesivo Adper Scotchbond Multipurpose (SB) foi utilizado como controle comercial. Foram realizados testes de caracterização do sistema adesivo experimental, como grau de conversão, sorção e solubilidade. Além disso, foi avaliada a estabilidade adesiva através da resistência de união (microtração) após 24h e 12 meses de estocagem em saliva artificial. A partir de uma amostra de 60 dentes, os espécimes foram divididos de acordo com o sistema adesivo, tipo de substrato (dentina hígida e afetada por cárie) e tempo de estocagem (24 horas e 12 meses). Após condicionamento com ácido fosfórico e aplicação do sistema adesivo, os blocos de dentina foram restaurados com incrementos de resina composta e cortados em palitos. Não foi observada diferença no grau de conversão entre adesivo com os análogos biomiméticos e o experimental controle, apesar do mesmo ter apresentado maior solubilidade. Contudo, identificou-se um aumento significativo da resistência 10 de união do sistema adesivo EXP AB (28,41±4,27) em dentina afetada por cárie após 12 meses de estocagem comparado com os grupos EXP CT (20,29±1,47 MPa) e SB (20,11±2,96 MPa). A análise de falhas evidenciou a predominância de falhas mistas em todos os grupos. Conclui-se que a incorporação de análogos biomiméticos de proteínas não colagenosas ao sistema adesivo não interferiu no grau de conversão, apesar de ter aumentado a solubilidade. Quanto a estabilidade na interface adesiva, foi aumentada no grupo do substrato de dentina afetada por cárie após 12 meses de estocagem em saliva artificial e mantida nos demais grupos