A voz da comunicação: um meio formal de legitimação das ocupações urbanas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Fragoso, Mariana Pitasse
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/3991
Resumo: Neste trabalho refletimos sobre a comunicação produzida nos movimentos de ocupação urbana e sobre o processo de legitimação movido por ela dentro desses espaços. Nosso objeto de estudo é a Ocupação Contestado, organizada pelas Brigadas Populares em São José, região metropolitana de Florianópolis, e a Ocupação 06 de abril de 2010, estruturada pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), em Niterói, no Rio de Janeiro. Nessas ocupações, inúmeros produtos de comunicação são desenvolvidos pelas organizações políticas afim de apresentar os objetivos dos grupos, pedir socorro em momentos de emergência ou rememorar a trajetória das famílias que compõe os movimentos afim de retomar laços perdidos ao longo dos anos. A partir de um mapeamento da comunicação produzida pelas Brigadas Populares e MTST dentro desses movimentos, esta pesquisa discute suas estratégias e efeitos a partir do referencial teórico e de entrevistas com membros das ocupações e das organizações políticas. A análise revela que a comunicação legitima no discurso os movimentos de ocupação e as organizações políticas. Os depoimentos e a forma como a comunicação é estruturada reiteram que esse processo de legitimação acontece através do enquadramento da memória e da divulgação do conteúdo produzido a uma comunidade de interesses comuns, que está estabelecida além do território. Dessa forma, a pesquisa aponta que mais importante do que procurar definições para enquadrar a comunicação produzida nas ocupações urbanas em alternativa, popular ou comunitária, é mostrar sua contribuição para legitimação desses movimentos e apresentar distintas formas de organizar comunicação em espaços periféricos