Avaliação dos resultados obstétricos e perinatais de gestações com recepção de oócitos comparada a oócitos autólogos de FIV

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Horta, Valéria Cristina Datrino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/35225
Resumo: Introdução: A técnica de doação de oócitos tem sido de crescente utilização. Contudo, apesar do amplo sucesso na taxa de nascidos vivos em mulheres que recebem oócitos doados, existem dúvidas sobre a saúde destas gestações e dos recém-nascidos quando comparadas às gestações a partir de oócitos da própria gestante por técnicas de reprodução assistida. Objetivos: Comparar o perfil epidemiológico e os desfechos gestacionais entre mulheres que engravidaram por reprodução assistida, a partir de oócitos autólogos confrontadas àquelas que receberam oócitos doados. Material e Métodos: Estudo observacional e retrospectivo, com avaliação de dados de 120 pacientes entre 37 a 47 anos de idade, todas gestantes de reprodução assistida, sendo 51 pacientes controle, ou seja, gestação com oócito próprio e 69 pacientes estudo, ou seja, gestação com oócito doado. Foram obtidas informações obstétricas e perinatais de todas as pacientes. Os dados foram avaliados pelo programa MedCalc, com estudos de Qui-quadrado, exato de Fisher, ANOVA e Kruskal-Wallis. Resultados: A idade média do grupo controle foi de 38,54 anos, e do grupo estudo foi de 41,96 anos (p<0,0001). Não houve diferença estatisticamente significante quanto à distribuição das raças e frequência de cesárea entre os grupos. Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos controle e estudo quando à idade gestacional ao parto. Contudo, houve efeito da idade materna na idade gestacional ao parto (p=0,04), com maior frequência de partos a termo entre pacientes abaixo de 40 anos. Quanto às complicações obstétricas e perinatais, não houve diferença estatisticamente significante quanto à frequência entre os grupos. As complicações mais comuns foram pré-eclâmpsia e diabetes gestacional. O peso do neonato ao nascer foi similar entre os grupos, assim como a necessidade de uso de centro de terapia intensiva. Conclusões: Na população estudada não observamos aumento dos riscos obstétricos e perinatais em gestações com oócitos doados comparados às gestações com oócitos próprios em mulheres sem comorbidades prévias. As pacientes que realizam a ovodoação têm maior média de idade. Gestantes acima de 40 anos têm mais chance de prematuridade. Para mulheres sem comorbidades prévias, a ovodoação é uma opção segura para obter a gestação.