Influência da cetamina S(+) na resposta inflamatória em pacientes submetidos à prostatectomia radical

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Barcellos, Bruno Mendonça
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Angra dos Reis
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dor
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/9733
Resumo: A resposta inflamatória ao trauma cirúrgico é uma condição fisiológica resultante da ativação periférica de diversas substâncias desencadeadas por estímulos nociceptivos. O equilíbrio entre os fatores pró e anti-inflamatório é essencial para permitir a regeneração tecidual, sem prejudicar a homeostasia. Estados de hiperativação do sistema pró-inflamatório comprometem a recuperação pós-operatória por se traduzirem em mais dor local, menor mobilização no leito, restrição de movimentos, complicações pulmonares e urinárias, assim como maior tempo de hospitalização. Diversas substâncias têm demostrado grandes propriedades analgésicas e anti-inflamatórias, muitas entretanto, com importantes efeitos adversos. A cetamina é um anestésico geral muito utilizado na prática clínica há décadas, que tem demostrado propriedades anti-inflamatórias quando em doses subanestésicas. O isolamento de seu isômero óptico dextrógiro, a cetamina S(+), quatro vezes mais potente e com menos efeitos adversos importantes, trouxe a substância para o foco das pesquisas clínicas. Este ensaio clínico controlado, randomizado e duplo cego avaliou a influência da cetamina S(+) em doses subanestésicas na resposta inflamatória de 47 pacientes (grupo cetamina, n = 25; grupo salina, n = 22) submetidos à prostatectomia radical sob anestesia geral sem bloqueio de neuroeixo. Marcadores inflamatórios inespecíficos como padrão de leucocitose e proteína C reativa foram medidos, assim como o padrão de dor pós-operatória, o consumo de analgésicos de resgate e os possíveis efeitos adversos da medicação. Não houve diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos quanto ao padrão de inflamação, dor pósoperatória, consumo de analgésicos ou efeitos adversos. A terapia também não retardou o despertar da anestesia geral dos pacientes como supostamente poderia. Atribuímos ao baixo estresse cirúrgico e a baixa sensibilidade dos analitos empregados os resultados encontrados, tal como descrito na literatura