Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Conceição, Kátia Cilene Silva Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/9933
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Resumo: |
O objetivo deste trabalho é demonstrar que o escritor João Simões Lopes Neto foi pioneiro na apresentação do narrador como membro da cultura que narra, como protagonista de um povo que representa e um dos primeiros que conseguiu equacionar a problemática da representação do ambiente rural na literatura brasileira sem a mediação de um narrador culto. As obras Contos Gauchescos e Lendas do Sul são unificadas e os contos e lendas transformados em uma só narrativa quando o narrador Blau Nunes, através do recurso da memória, revive a história do Rio Grande Sul, no período que coincide com sua própria biografia. Todavia, esse narrador torna-se plural por falar não somente do gaúcho, mas das inquietações do povo brasileiro que representa. Para tal demonstração, recorri a obras de Coelho Neto, Monteiro Lobato e Guimarães Rosa, que também versam sobre o tema do homem rural, mas sob a ótica de um narrador culto, com uma visão de fora do universo narrado, com o objetivo de diagnosticar e solucionar os problemas do campo e de sua gente. Analisei as obras sob à luz da teoria do discurso de Mikhail Bakhtin, que vê no narrador elemento fundamental na construção dos discursos que transitam na obra literária. Assim, procurei demonstrar que o narrador Blau Nunes, criação de João Simões Lopes, é uma instância narrativa de caráter “essencialmente social, historicamente concreto e definido e seu discurso é uma linguagem social e não um dialeto individual”. (BAKHTIN, 2010, p. 135) |