Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Bezz, Ana Claudia Moraes Merelles |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/9992
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Resumo: |
Esta pesquisa tem como tema principal a investigação sobre a função da escrita do nome próprio na constituição do sujeito. Como alicerce teórico para este trabalho, filiamo-nos ao campo da Análise do Discurso francesa, considerando as formulações de Michel Pêcheux (1938-1983), e mobilizamos também outro campo, a Psicanálise, recorrendo aos escritos de Freud (1856-1939) e Lacan (1901-1981). Analisamos materiais, tais como desenhos, escritos, fotos (registradas pela própria pesquisadora) e falas recolhidos nos encontros com crianças de faixa etária entre dois e seis anos de idade, matriculadas na Educação Infantil do Município de Niterói. Empenhamo-nos em compreender de forma mais detalhada as de cinco a seis anos, pois é neste momento em que as crianças estão se debruçando sobre o traçado do nome que receberam do Outro. As análises foram efetuadas a partir dos pressupostos da Análise do Discurso e em relação com nossa experiência clínica no âmbito da Psicanálise. No tempo de nossa chegada à referida escola não tínhamos em mãos o corpus de nossa tese. Este foi construído no decorrer de nossa participação nas atividades em sala de aula. Se não tínhamos um corpus de antemão, partíamos, no entanto, de algumas perguntas. Destacamos a seguinte interrogação: O que permite que o nome escolhido pelo Outro se torne para a criança, próprio? Com relação ao aparato teórico da Análise do Discurso mobilizamos, com maior ênfase, dois trabalhos do filósofo Pêcheux que consideramos importantes para o diálogo com o tema proposto. São eles: Semântica e Discurso: uma crítica à afirmação do óbvio ([1975] 2009) e O Discurso, estrutura ou acontecimento ([1983] 1990). No que diz respeito à obra de Lacan, privilegiaremos as construções teóricas acerca da identificação, letra, traço unário e do nome próprio presentes em O Seminário, livro IX: A identificação ([1961-62] 2003). Análise do Discurso e Psicanálise são disciplinas independentes e não complementares. Cada uma possui seus objetos e objetivos próprios. Nesta pesquisa elas estão enlaçadas a partir da seguinte premissa: a contemplação do sujeito (interpelado pela ideologia e atravessado pelo inconsciente) constituído na e pela linguagem e sobretudo de um sujeito que nasce da falha |