De rolé na night carioca: R&B, geração tombamento e as festas da juventude preta do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Barros, Maria Beatriz dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/29298
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo observar como a cultura Hip-Hop têm influenciado o cenário de festas da juventude negra no subúrbio carioca, que criam ambientes de sociabilidade e identificação para jovens e adolescentes. Esse processo de aquilombamento, ainda que temporário/virtual. tomando o feminismo interseccional como método de análise, como propõe Carrera (2021). O movimento Hip-Hop, como outros, há anos vem ajudando a amplificar as discussões dos movimentos negros e pessoas não organizadas em coletivos sobre a luta contra o racismo, prezando pela autoestima do povo negro, reivindicando um lugar de fala para a juventude negra. Com a evolução dos formatos de produção e distribuição musicais e os avanços das tecnologias, a circulação de música e cultura negra pelo Atlântico configurou novas ordenações de cenas musicais e grupamentos sociais em experiências locais, nas quais a dança (break, stiletto, voguing), arte (grafitti, lambe-lambe) e música (Rap e R&B) da cultura Hip-Hop são elementos centrais de identificação. A geração tombamento é uma geração de jovens (majoritariamente) da periferia, negros, que encontram na música, dança e arte de rua uma outra possibilidade de futuro, elevando assim sua autoestima. Isso vem permitindo, através principalmente do empoderamento estético, a quebra de algumas estruturas e paradigmas, trazendo um novo legado para a cultura negra brasileira. Aliando as noções de feminismo negro e interseccional e afrofuturismo, investigamos em saídas de campo e numa revisão bibliográfica, como festas que reúnem jovens negros se tornam referência de pertencimento, amor, entretenimento e vislumbre de novos horizontes para os jovens negros cariocas.