Uma abordagem heterodoxa para a inflação brasileira: modelo desagregado e o conflito distributivo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Lemos, Pedro de Medeiros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/32812
Resumo: Historicamente, a dinâmica inflacionária, suas causas e tratamentos, tem motivado intensos debates entre os economistas. As conclusões, porém, divergem-se entre as escolas de pensamento. Inflação de custos ou inflação de demanda? Para chegar a uma conclusão é preciso entender, sobretudo, que cada economia possui as suas especificidades. Todavia, para melhor observar as causas e os mecanismos utilizados na correção da inflação, faz- se necessário que esta seja trabalhada da forma mais detalhada possível. Sendo assim, propõem-se a apresentação de estimações do IPCA em formato desagregado. A partir de então, busca-se compreender a dinâmica inflacionaria observando os componentes alimentos e bebidas, produtos industriais e serviços. Nesse sentido, observou-se que os preços internacionais em moeda doméstica, os custos financeiros (de oportunidade) e os rendimentos dos trabalhadores exercem alguma pressão sobre o nível de preços. Em relação a pressão de demanda a conclusão é um pouco mais cautelosa. Posteriormente, abre-se espaço para entender os mecanismos de transmissão da política monetária e a sua relação com a alta taxa de juros praticada no Brasil. Observa-se que existem alguns problemas estruturais que fazem com que a transmissão da política monetária não seja eficiente como espera a cartilha ortodoxa. Por fim, busca-se expor um breve debate sobre o acirramento do conflito distributivo, dado a atual conjuntura da economia brasileira. Pode-se dizer que a década de 2000, devido à política de valorização real do salário mínimo e a redução da taxa de desemprego, contribuiu para que os trabalhadores tivessem maior poder de barganha frente aos empresários. Contudo, a crise observada e a política de austeridade por parte do governo tendem a reverter este cenário em favor dos empresários.