Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Moreira, Guilherme Eugênio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/25497
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Resumo: |
Nesta dissertação, pretende-se compreender os usos e efeitos da participação na elaboração e implementação das políticas públicas de patrimônio imaterial em Minas Gerais, Brasil. Nas duas últimas décadas, a sedimentação das políticas de reconhecimento dos patrimônios imateriais fortaleceu nas instituições brasileiras de patrimônio cultural a premissa da participação das coletividades em estudo. A partir de uma etnografia de práticas e documentos na Gerência de Patrimônio Imaterial do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais, investiga-se como a participação é pensada e promovida por técnicos/as na condução de suas atividades no escritório. Com o estabelecimento de diálogos entre estudos dos patrimônios e das práticas de poder, patrimônios culturais são compreendidos como processos políticos e busca-se rastrear os meandros da elaboração da política pública e as relações de poder que os sustentam. Ao analisar como momentos participativos são mobilizados na instrução dos processos técnico-administrativos, um triplo sentido para a participação foi identificado, na produção de usos e efeitos complementares, sendo eles: (i) definir os modos de trabalhar da gerência e sua autoridade frente às disputas de representação com outros setores da instituição; (ii) conduzir os próprios processos de pesquisa e a construção dos patrimônios com a legitimação dos resultados alcançados; e (iii) informar políticas públicas posteriores através da rotinização dos dados e a produção de verdades. Na condução dessas políticas, profissionais assumem posições ambivalentes nas relações com seus interlocutores de pesquisa e instâncias hierarquicamente superiores; gerenciam cotidianamente saberes e emoções na conciliação de situacionalidades e rotinizações; e acreditam criticamente na participação. A flexibilidade na definição de participação permite a técnicos e técnicas do patrimônio seus usos criativos e efeitos heterogêneos, sendo a participação operada ao mesmo tempo como estratégia, instrumento e política. |