A cidade pós-humana: interferências digitais no urbano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Macedo, Saulo José Lopes Matuschka
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/23801
Resumo: Neste momento de rápido desenvolvimento das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), como as chamadas ‘redes digitais’ e nossas experiências nos espaços urbanos se relacionam? O que essa evolução significa para a cidade e as práticas sociais às quais ela dá suporte, principalmente a interação nos espaços públicos? A presente dissertação investiga a possibilidade de que, diferentemente do que possa parecer ao primeiro olhar, a evolução das comunicações digitais não significa a morte da cidade como locus da sociabilidade ou seriam prejudiciais à interação social nos espaços urbanos. A dissertação pretende verificar o quanto as novas possibilidades de comunicação proporcionadas por tais inovações tecnológicas podem gerar novas ou renovadas formas de interagir, potencializando ou não a cidade e seus espaços como espaços de contato. Inicialmente, olharei para como diferentes comentaristas, teóricos, e filósofos compreendem a forma como a tecnologia impacta a sociedade e como essas visões se relacionam com dois modelos diferentes de ‘espaços digitais’: o modelo da ‘realidade virtual’ (um espaço digital imersivo, separado cognitivamente do mundo físico em sua totalidade) e o modelo da ‘realidade aumentada’ (um espaço digital que se sobrepõe ao espaço urbano e o expande, como uma extensão). Em seguida, analisarei algumas das ferramentas digitais contemporâneas (e.g., aplicativos para celular, sites da Internet, etc.) e alguns dos fenômenos surgidos através do desenvolvimento das TIC (manifestações políticas, flash mobs, namoro via Internet, etc.), onde discutirei a condição do modelo da ‘realidade aumentada’ hoje como modelo predominante na concepção de ‘espaço digital’. A dissertação faz então a análise de um desses fenômenos (o namoro via Internet) e uma dessas ferramentas (um aplicativo de encontros chamado happn), a fim de verificar (i) o quanto os espaços digitais criados por ambos substituiriam ou não a cidade como lugar dos encontros sociais; e (ii) o quanto se tratam de fenômenos realmente novos ou se seriam variações das ‘regiões abertas’ de encontro, como define Goffman (1966). Finalmente, através de dois experimentos empíricos na rede de usuários do happn, analisarei como o espaço da cidade e os encontros que ele ocasiona podem interferir nas dinâmicas relacionais de usuários de uma rede social digital, também potencializando-as.