A colônia vazia: trabalhadores sem trabalho e sem morada na fazenda de café do sul de Minas Gerais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Souza, Celso Antônio Spaggiari
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/7639
Resumo: Este texto discute as mudanças nas relações de trabalho na agricultura brasileira que se consolidaram nas últimas décadas e que, em uma de suas muitas formas, se expressa no esvaziamento das moradias rurais para os trabalhadores nas fazendas de café. Baseado em pesquisa de campo, em quinze fazendas nos municípios de Guaranésia, Guaxupé, São Pedro da União, Monte Santo de Minas e Cabo Verde, localizados no extremo sudoeste de Minas Gerais, a pesquisa busca explicitar os determinantes do movimento de trabalhadores rurais do campo para a cidade em busca de uma moradia. Se, em um passado da nossa história, o movimento ocorreu da senzala à colônia, agora ela se fez da colônia à periferia das cidades, porque no campo tudo indica que o trabalhador não pode e não quer morar. A modernização da agricultura e da atividade cafeeira, intensificadas a partir das décadas de 50 e 60 do século passado, criaram as condições para a generalização do trabalho temporário no campo, permitindo a flexibilização do uso da mão de obra com a sazonalidade da produção. Esta é a ideia estruturante deste trabalho.