Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Silva, Gladiston Alves da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/29064
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Resumo: |
Quem, afinal, comanda ou tem maior relevância no processamento de metáforas? A convencionalidade e a familiaridade, nesta pesquisa, disputam esse título. Aqui, pretende-se apontar qual delas serve de gatilho para acelerar ou atrasar esse processo cognitivo. Os estudos realizados sobre a psicolinguística da metáfora, soberanamente, elegeram a convencionalidade como porta de entrada para a compreensão do referido processamento. Essa relevância da convencionalidade está apontada em trabalhos como de Janus e Bever (1985), Glucksberg (1982; 2003), Bowdle e Gentner (2005), Ricci (2016), entre outros estudos. Entretanto, quando compreendemos que a convencionalidade está ligada diretamente ao veículo metafórico, pois é esta palavra que ganhou polissemia para significar algo literalmente e, ao mesmo tempo, algo metaforicamente, então, passa-se a questionar essa primazia. Isso ocorre porque, de certa forma, a familiaridade está diretamente ligada com a expressão metafórica ouvida/lida, envolvendo, desse modo, todas as palavras vinculadas à frase em questão e não a uma palavra especificamente. Esse dado indica que a familiaridade possui uma significância muito mais elevada do que aquela que vem sendo traçada na literatura e, por isso, não pode ser desprezada nos nossos estudos. A familiaridade está apoiada, principalmente, na interação entre as pessoas onde a língua é usada de forma pragmática com o objetivo de facilitar o processo de comunicação. Silva (2018; 2019) já discutia esse tema e alegava que a familiaridade interferia na compreensão das metáforas, sendo capaz de mudar seu modo de processamento. Resgatando esse estudo de Silva (2018; 2019) e, tendo como base, dois experimentos de leitura segmentada autocadenciada, um sem a presença de contexto e outro com a presença de contexto, os leitores foram expostos às frases metafóricas ranqueadas por Ricci (2016) e que, segundo o ranqueamento, apresentavam, ao mesmo tempo, alta convencionalidade e baixa familiaridade (+C-F), por exemplo ‘alguns carros são abacaxis’, de um lado, e, do outro lado, baixa convencionalidade e alta familiaridade (-C+F), por exemplo, ‘algumas frases são pérolas’. O resultado apontou que o controle efetivo do processamento da metáfora recai sobre a familiaridade da expressão metafórica e não sobre a convencionalidade do veículo, como vem sendo apontado pela maioria dos teóricos da área, uma vez que o maior ou menor custo de processamento ficava dependente da maior ou menor familiaridade da expressão. |