Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Cerda Lema, Mauricio Lorenzo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Niterói
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/3550
|
Resumo: |
Neste trabalho foram abordados os diversos compartimentos do sistema da baía de Mejillones do Sul (BM). O primeiro compartimento foi a coluna da água, com a avaliação das suas características físicas e químicas e taxa s de sedimentação de matéria particulada, o segundo foi o continente, como contribuinte do material eólico (poeira atmosférica) para a coluna d’água, e o terceiro, o sedimento, como compartimento de deposição de materiais oriundo do continente e da coluna d’água e com seu potencial de ressuspensão de matéria, que podem influenciar a quantidade e qualidade da sedimentação pelágica. As campanhas de amostragem abordaram diversas escalas tempor ais (mensal, quinzenal) numa estação fixa (Estação C) localizada na parte exterior da baía e mais profunda c.a. de 100 m de profundidade, e adjacente ao foco principal da ressurgência de Punta de Angamos (PA). Encontro -se uma clara sazonalidade das massas de água da superfície (0- 30 m). Por outro lado, as águas mais frias, densas e sub-óxicas da fonte de ressurgência, permaneceram a partir de 30 m até o fundo o ano inteiro na baia. Conforme diagramas T/S e OD/S, a baia se caracterizou pela interação entre 3 massas de á gua distintas: Água Superficial Subtropical (ASS), Água Sub-Antártida (ASA ), Água Sub-Superficial E quatorial (AESS = fonte da ressurgência). Os eventos de ressurgência e es tratificação, detectados através das series quinzenais no verão de 2004, foram corroborados através do uso do índice APS e registros diários da temperatura superficial. Identific ou-se claramente a alternãncia entre eventos moderados e curtos de ressurgência com duração entre 3 a 8 dias e períodos mais prolongados de estratificação alcançando 29 dias. Condições sub-óxicas a micro-óxicas com concentrações de nutrientes mais elevados já se desenvolvem entre 10 a 15 m de profundidade durante eventos fracos de ressurgência e no início da es tratificação. A ocorrência da denitrificação na coluna d’água pode ser evidenciada através da relação entre o oxigênio aparentemente utilizado (AOU) e o somatório das concentraçõ es das formas nitrog enadas oxidadas (N-NO 2 + N-NO 3 ). A variabilidade dos níveis de saturação de OD e de nut rientes e das razões N/P e Si:NID na superfície, indicaram a presença de uma dinâmica marcante entre os processos de respiração e produção primaria na coluna d ́á gua, como também, do aporte alóctone de nutrientes durante a ressurgência , e a difusão molecular de nutri entes durante a estratificação. As variações quinzenais dos fluxos totais do mate rial particulado coletado com as armadilhas instaladas na BM, sugerem que a sedimentação do material na coluna d’água encontra-se governados pela alternância entre os períodos de ressurgência e estratificação. A razão C/N na faixa de 7:1 a 11:1 encontrada no detrito orgânico coletado pelas armadilhas, indicou a presença de material ainda relativamente rico em nitrogênio semelhan te a do fitoplâncton intacto com uma pequena fração de material de trítico oriundo do mesmo. O detrito orgânico compreendeu células intactas, pe lotas fecais do zooplâncton e par tículas detríticas amorfas. Nas armadilhas de sedimentação observou-se um padrão de empobrecimento de nitrogênio em função da profundidade. Em geral os se dimentos superficiais recentes da BM demonstraram gradientes marcantes de enrique cimento de COP, NT e SPUD da costa até da margem costeira. Por outro lado, maiores concen trações de PIT e POT foram encontradas na estação A adjacente a costa, sugerindo influênc ia antropogênica, proveniente do assentamento urbano localizado no borde costei ro de Mejillones. A influência do material eólico sob a BM e a sua deposição no fundo foi relativamente pequena |