PIBID e seus rizomas: formação, conversas e possibilidades outras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Vieira, Juliana Slama
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/15770
Resumo: O tema da formação de professores, nesse momento de ataque à educação pública e aos professores e professoras, nos parece cada vez mais condição relevante de pesquisa para continuar reafirmando a necessidade de investimentos em políticas públicas que busquem a qualidade da formação inicial de professores e professoras no Brasil. É no universo de uma política pública, da qual pude participar durante quatro anos, que esse estudo se move com a seguinte questão: Quais vivências cotidianas nos processos de formação em educação física no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) da UFF atravessaram os sujeitos, reforçando o querer ser professor? Buscamos dar sentido a essa pergunta traçando o seguinte objetivo: compreender possíveis linhas de fuga que se apresentam a partir das vivências cotidianas nos processos de formação em educação física no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) na UFF. Iremos nos debruçar nas elaborações de Deleuze e Guattari, em seus estudos sobre o Rizoma, no sentido de entendermos a formação a partir de múltiplas experiências, temporalidades e contextos em diálogo com pesquisas que tratam da formação de professores. Para isso definimos como objetivo compreender os sentidos rizomáticos que se apresentam com base nas vivências cotidianas nos processos de formação em educação física no PIBID na UFF. Mergulhamos nas experiências cotidianas de formação inicial de dois participantes do PIBID em diferentes momentos de suas formações: Bruno e Louise, que tiveram a oportunidade de receber o programa enquanto estudantes na educação básica em escola pública e, também, enquanto estudantes de licenciatura do Instituto de Educação Física da Universidade Federal Fluminense. No primeiro caso desempenharam o papel de alunos no espaço escolar, e na segunda participação, foram bolsistas da política, na qual puderam ministrar aulas, supervisionados por professores experientes. Essa pesquisa se inquieta e busca entender quais foram os atravessamentos formativos que esses intercessores presenciaram a partir de múltiplas atuações no PIBID. Trabalhamos com a metodologia da conversa e usamos as narrativas dos nossos intercessores como ferramenta importante nesse mergulho em suas histórias de vida. Este trabalho se interessou pelos atravessamentos formativos, pelos encontros cotidianos e pelas potências que emergem a partir de uma formação que valoriza o chão da escola lócus de produção de conhecimento em formação profissional de professores. Ao longo desses encontros com Louise e Bruno, fomos nos dando conta, cada um ao seu tempo e modo, das potências e especificidades que essas vivências no PIBID podem proporcionar a cada um deles. Receber uma política pública em dois momentos tão distintos da vida e da formação, perceber suas nuances, tecer coletivamente essa grande rede formativa, sem dúvida, nos alerta para caminhos potentes que se mostram a partir dessas elaborações. A importância do trabalho em uma rede responsável é mergulhar com todos os sentidos no cotidiano escolar, dialogando e fazendo junto, entre universidade e educação básica. Escrever essa pesquisa soterrada por ataques à educação e à ciência como um todo, cortes, difamações da classe trabalhadora, censuras não foi tarefa fácil, e certamente tais máculas se encontram inscritas nesta pesquisa. Entretanto, mais uma vez optamos aqui por “revolucionar o cotidiano e cotidianizar a revolução” com suas diversidades, adversidades e possibilidades outras. Nesse sentido, a pesquisa se faz interminada, atravessada, golpeada, mas também resistente, (re)existente