Caracterização de populações celulares no exsudato peritoneal de camundongos submetidos a implante intraperitoneal de clara de ovo coagulada pelo calor

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Brum, Rebeca Sousa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/25881
http://dx.doi.org/10.22409/PPGMPT.2021.m.15152128748
Resumo: Fundamentação: Nosso grupo demonstrou anteriormente papéis essenciais para glicocorticóides endógenos na indução de eosinofilia in vivo, em modelo murino de sensibilização/provocação alérgica. Outros grupos descreveram eosinofilia local em camundongos, em resposta ao implante subcutâneo de um pellet de clara de ovo coagulada (Egg White Implant/EWI), rico em ovalbumina. Nós também mostramos anteriormente que a administração do ácido retinoico all-trans (ATRA) in vivo induz eosinofilia na medula óssea murina. No presente estudo, adaptamos o modelo EWI à cavidade peritoneal (EWI-p), visando à recuperação quantitativa e caracterização das células presentes no exsudato e no pellet. Hipótese: No modelo EWI-p o exsudato peritoneal contém diferentes populações leucocitárias, com frequência elevada de eosinófilos viáveis e funcionalmente preservados, e incluindo progenitores fibrogênicos, em proporções diferentes conforme a condição experimental. Objetivo Geral: Caracterizar as populações celulares que se acumulam na cavidade peritoneal de camundongos após a realização do protocolo de EWI-p. Métodos: Camundongos das cepas C57BL/6, BP-2 e BALB/c, e os mutantes BALB/c deficientes em eosinófilos (dblGATA-1-KO) foram estudados. O exsudato e o pellet foram colhidos em diferentes dias após a cirurgia. Camundongos naïve foram controles, ou, quando indicado, recipientes de células. A sinalização por glicocorticóides foi bloqueada por RU486, administrado por gavagem. A presença de progenitores fibrogênicos foi evidenciada pela formação de monocamada de fibroblastos em cultura líquida. A reconstituição da resposta in vivo foi feita pela transferência de eosinófilos purificados de doador BALB/c, transferidos i.p., a recipientes dbl-GATA-KO naïve, seguida de desafio dos recipientes com eotaxina i.p. Foi também avaliada a resposta ao EWI-p em camundongos C57BL/6 pré-tratados com ATRA ou veículo. Resultados e discussão: O exsudato peritoneal apresenta neutrofilia aguda, com transição para uma intensa eosinofilia no sexto dia após cirurgia, em animais BP-2. O pellet é um foco inflamatório estruturado, diferente do exsudato, com intensa neutrofilia até o quarto dia, e eosinofilia a partir do quarto dia. O bloqueio de glicocorticoides endógenos não altera as populações celulares no exsudato, mas altera as do pellet. O exsudato contém progenitores fibrogênicos, e a análise histológica do pellet identificou presença de fibras de colágeno após 14 dias. O pré-tratamento com ATRA em camundongos C57BL/6, aumentou a celularidade total do exsudato peritoneal, com aumento do número de eosinófilos. Palavras-chave: eosinofilia; glicocorticoide; neutrófilo; fibrogenese; eotaxina.