Incontinência urinária e atividade física: um olhar sobre idosos ativos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Gabriela Gonçalves Pereira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/8983
Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo principal verificar se há associação entre o escore de atividade física e o escore de incontinência urinária em idosos participantes do Projeto PrevQuedas UFF. Trata-se de um estudo quantitativo transversal. A amostra desta pesquisa foi não probabilística de conveniência composta por freqüentadores idosos do Projeto Prev-Quedas UFF que identificam sintomas de incontinência urinária e que se enquadravam na pesquisa segundo os critérios de inclusão e exclusão, totalizando, então 70 participantes. Os instrumentos utilizados foram: uma ficha de anamnese, composta por dados sociodemográficos e fatores associados à incontinência urinária classificados como fatores obstétricos, clínicos, comportamentais, hereditários e antropométricos; o Questionário Internacional de Atividade Física - IPAQ-SF e o International Consultation on Incontinence Questionnaire - ICIQ-SF. Foi realizada análise descritiva pelo cálculo das freqüências absoluta e relativa e análise inferencial pela aplicação do teste de associação de Spearman entre as variáveis “nível de incontinência urinária” e “nível de atividade física” e este foi repetido em cada uma das categorias das variáveis elencadas. Como resultado a amostra tem destaque idosos com idade entre 70 e 79 anos (44,3%), viúvos (31,4%), brancos (58,6%), com ensino médio completo (22,9%). A maior parcela não fuma (97,1%) ou bebe (58,6%), não sofreu queda no último ano (65,7%), são hipertensos (57,1%), tem histórico de 1 ou 2 partos (50%%), estão com sobrepeso (44,3%) e não usam protetor íntimo (70%), e pratica atividade de alongamento no Projeto (47,1%). Foi mais freqüente a IUU (50,9%), perdas em pequenas quantidades (54,3%), freqüência ≤1 vez por semana (42,6%), queixa de noctúria (81,4%) e tempo de IU entre 1 e 4 anos (64,4%). Não houve registrado de idosos sedentários ou irregularmente ativos e a maioria era muito ativa (82,9%). Não houve associação estatisticamente significativa entre os escores das variáveis correspondentes ao nível de atividade física e de incontinência urinária (R=0,10; p=0,36). Na variável “freqüência de perda urinária” houve associação linear forte estatisticamente significativa nas categorias “≤ 1 vez por semana” (R=0,59; p=0,0009) e “≥ 2 vezes ao dia” (R=-0,86; p= 0,01) com direção positiva e negativa, respectivamente. Conclui-se que oestudo alcançou os objetivos traçados. Não houve associação estatisticamente significativa entre os escores das variáveis “nível de atividade física” e “nível de incontinência urinária”. Entre as variáveis elencadas, foi encontrada associação estatisticamente significativa em duas das categorias da variável freqüência de perda urinária. Salienta-se a importância da atuação do professor de educação física na busca por ações preventivas e tratamentos especializados, visando manter e/ou melhorar a qualidade de vida de idosos incontinentes