Detecção e distribuição de Mycoplasma spp. em cães de diferentes locais de criação.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Alves, Ana Beatriz Pinheiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
PCR
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/25672
http://dx.doi.org/10.22409/MPV-CV.2020.m.12765096775
Resumo: Os micoplasmas podem habitar as mucosas dos cães e são detectados em mucosas genital, respiratória e conduto auditivo desses animais. Quando patogênicos, causam doenças respiratória e urogenitais de curso crônico. O diagnóstico laboratorial das micoplasmoses é realizado pelo cultivo, técnicas sorológicas imunoenzimáticas e moleculares. O objetivo geral deste trabalho foi detectar e investigar a distribuição de micoplasmas em cães procedentes de canis, centros de treinamento e acautelados em abrigos, em um estudo observacional descritivo. Foram coletados suabes de orofaringe, conduto auditivo e genital de 98 cães, totalizando 294 amostras, provenientes de oito canis com três diferentes tipos de manejo (A: centros de treinamento; B: abrigos; C: canis comerciais). As amostras brutas dos diferentes sítios anatômicos foram submetidas ao isolamento de micoplasma e a reação em cadeia da polimerase (PCR) para Mycoplasma spp., M. canis, M. edwardii, M. molare e M. cynos. Amostras positivas no isolamento foram encaminhadas para realização da imunoperoxidase indireta e PCR genérica e das espécies supra-citadas no intuito de tipificar os isolados. Em relação às espécies detectadas, M. edwardii foi a espécie mais encontrada nos cães com frequência de 15,31% (45/294), seguido de 11,22% (33/294) de M. canis e 1,02% (3/294) M. molare. Já M. cynos não foi detectado. Dos 98 animais testados, 74,5% (73/98) foram positivos no cultivo e/ou PCR. A orofaringe foi o sítio de maior detecção, com 59,2% (58/98) animais positivos. Houve maior detecção de micoplasma nos locais onde os cães tinham maior contato por compartilharem os mesmos ambientes e fômites, e menor cuidado sanitário. Características individuais dos cães como idade, sexo, uso prévio de antibióticos, doenças crônicas e o tamanho do plantel não apresentaram associação com a presença de micoplasma. A partir dos resultados encontrados, pode-se concluir que a técnica de cultivo mostrou-se mais eficiente que a PCR na detecção de micoplasmas em lavados de suabes provenientes de orofaringe, conduto auditivo e genital. Do ponto de vista epidemiológico, o principal fator que permitiu a maior frequência de micoplasma dentro das criações foi o manejo aplicado em cada estabelecimento, destacando-se uma alta frequência em cães que compartilham o mesmo ambiente por longo tempo, como em canis comerciais. Características inerentes aos animais pareceram não influenciar na ocorrência de micoplasma em cães.