Personagens brasileiras: as domésticas de Gabriel Mascaro e Anna Muylaert

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Melo, Max Milliano Tolentino
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/3847
Resumo: Este trabalho apresenta um estudo a respeito da construção da personagem empregada doméstica no documentário Doméstica (Gabriel Mascaro, 2012) e na ficção Que Horas Ela Volta? (Anna Muylaert, 2015). Investigam-se as estratégias adotadas pelos realizadores para a caracterização de uma personagem historicamente marcante no cotidiano brasileiro. A pesquisa se estrutura a partir de dois vieses teóricos: um estudo dos conceitos e técnicas narrativas de construção da personagem, em reflexão que busca incorporar as possíveis contribuições de diretores, roteiristas e atores neste processo; e um breve percurso historiográfico elaborado a partir da identificação do que consideramos as principais tendências de representação da empregada no imaginário social brasileiro e a sua reverberação no audiovisual. Destaca-se que a abordagem pautou-se por um diagnóstico de que a "tipologia da doméstica", presente nos filmes em questão, é, de certo modo, "herdeira" das contribuições imagéticas não apenas do cinema, como também da televisão, rádio, música, imprensa e literatura. Isto é, esta pesquisa tem como um dos seus eixos de investigação o diálogo intenso entre mídias como um dos movimentos basilares na construção do tipo "doméstica". Também incorpora como referência fundamental à pesquisa o próprio contexto-país, no sentido deste atravessar, dialeticamente, os processos de criação artístico-cultural. Sob estes horizontes empreendeu análise fílmica das duas obras, circunscrevendo, especialmente, como as estratégias de construção da personagem e a tradição de representação das domésticas, ainda onipresentes no cotidiano de tantos brasileiros, se conjugam nos dois filmes que são objetos deste trabalho