Sistematização da assistência de enfermagem em saúde mental na atenção básica – contribuições da sociopoética

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Mesquita, Lucas Marvilla Fraga de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/15003
Resumo: Introdução: A Sistematização da Assistência de Enfermagem para Nóbrega & Garcia (2012) pode ser entendido como a organização dos meios necessários para a realização do Processo de Enfermagem, na concepção de método, pessoal e instrumentos. O termo Processo de Enfermagem indica uma ordem de etapas de um fenômeno em momento cronológico específico. Esse processo de etapas prevê a ocorrência de uma ação (ou de um conjunto de ações), por meio de um determinado modo, regulado por uma forma de reflexão, ou seja, por um pensamento do fenômeno, de sua origem e de sua potencialidade de transformar a prática de enfermagem, para implementação do Processo de Enfermagem necessita-se constituir capacidades e habilidades cognitivas, psicomotoras e afetivas, além de domínio de técnicas e conteúdos específicos, determinando o “O que deve ser feito?”, “Por que deve ser feito?”, “Por quem deve ser feito?” “Como deve ser feito?”, “Com o que deve ser feito?” e “Quais resultados são esperados com esta ação? (para que deve ser feito?)Objetivo Geral: Discutir as necessidades de capacitação dos enfermeiros de saúde mental relacionadas à SAE nos serviços de saúde mental na atenção básica; Objetivos Específicos: Descrever o conhecimento dos enfermeiros de saúde mental que atuam em serviços da atenção básica sobre a Sistematização da Assistência de Enfermagem – SAE; Identificar as necessidades específicas de educação permanente relacionadas à SAE junto aos enfermeiros de saúde mental; Elaborar um programa de capacitação para o ensino da SAE em saúde mental com ênfase nos serviços da atenção básica em saúde; Planejar, implementar e indicar meios de validação de programa de capacitação em SAE para enfermeiros de saúde mental na atenção básica; Metodologia: Coleta/produção de dados - Trata-se de uma pesquisa qualitativa na perspectiva sociopoética onde foi realizado uma oficina com os sujeitos do estudo; análise de dados realizada a partir da contra-análise do grupo pesquisador, sob a ótica do referencial teórico da observação sistemática Sujeitos: enfermeiros de saúde mental, alunos do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal Fluminense, protocolo aprovado pelo Comitê de Ética, CAAE: 12126018.4.0000.5243. Resultados: A partir dos dados colhidos foram analisados e divididos em 5 categorias Vínculo como forma de cuidar, Dificuldades e superações, Potências de cuidado, Fragilidades do conhecimento, Necessidades de educação permanente em saúde; Produto: Programa de capacitação A própria Experimentação se fez de produto, isto é, uma oficina aplicável a produção de conhecimento, que surpreendentemente pode ser utilizado como método em diversos serviços de saúde da atenção básica, fortalecendo também o vínculo entre a equipe. Conclusão: Percebe-se que a forma de cuidar em saúde mental parte do encontro não se limitando a cuidados físicos e de proteção, enfatizando também o ambiente saudável e acolhedor.; Há estranhamentos sobre o conceito macro da SAE, o GP entende que a SAE se restringe a utilização de taxonomias, diagnósticos e prescrições de enfermagem; O estudo evidenciou que os enfermeiros utilizam em sua prática o Processo de Enfermagem, contudo ficam receosos pela utilização desta nomenclatura, visto que em sua maioria é utilizado como ferramenta de organização da assistência, e na saúde mental existe os paradigmas entre sistematizar, organizar a assistência, e a tendência ao pensamento de normatizar sujeitos, a preocupação do GP é legítima e devemos valorizar as singularidades de cada ser no encontro ao cuidado