Comunicação que sobrevive: a busca de autossustento para uma mídia autogerida por moradores da Cidade de Deus

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Pereira, Camille Costa Perissé
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/3773
Resumo: A presente pesquisa se propõe a analisar e avaliar como veículos de comunicação comunitários lidam com a necessidade e dificuldade de autossustento material e autonomia, apontando novas estratégias a serem construídas com os organizadores de tais veículos. Partese da premissa de que os veículos analisados se inserem em um contexto de profunda concentração de propriedade dos meios de comunicação, em que, no entanto, diferentes forças seguem em disputa pela hegemonia. Essa compreensão se faz necessária para que os resultados da pesquisa não sejam simplificados em microanálises. Além da revisão bibliográfica, utiliza-se análise documental e a metodologia de pesquisa participante. O estudo se concentra na circulação de veículos comunitários do bairro Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, especificamente um jornal comunitário, conduzido, desde 2010, por moradores da Cidade de Deus. A notícia por que vive foi construído a partir de uma experiência anterior de apropriação das mídias nesta comunidade O estudo busca relacionar Comunicação Comunitária, sociedade civil e socialização da política, no intuito de expor as batalhas cotidianas que se inserem dentro destes campos. Também são incluídas no trabalho reflexões acerca do papel do Estado nas favelas e na promoção das mídias. Por fim, experiências pelas quais o veículo em questão passou ao longo de sua trajetória no que tange à arrecadação de recursos - como a participação em editais, a campanha de crowdfunding e eventos locais - e ao uso de publicidade serão reavaliadas e diagnosticadas, para que, em diálogo com os atores sociais, ainda se possam encontrar possíveis soluções éticas para o problema da autonomia financeira e sobrevivência material