Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Estevam, Lucas Gago |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/15312
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Resumo: |
Esta dissertação apresenta-se como a materialização de uma pesquisa qualitativa na qual buscou-se investigar concepções de ciência e de conhecimento científico de professores de Biologia de uma instituição de ensino técnico federal na cidade do Rio de Janeiro, tendo por base teórica os estudos da teoria histórico-cultural, principalmente obras de Lev Semionovitch Vigotski. O interesse pela pesquisa surgiu do fato de que muitas instituições de ensino básico no Brasil comportam o ensino de ciência como uma forma de instrução que favorece a memorização de um conteúdo “escolarizado” para a avaliação do suposto conhecimento adquirido em testes e provas. Nessa perspectiva, a escola ensina ciências sem ensinar o método científico, sem estimular o raciocínio lógico, sem estimular o olhar crítico e sem estimular a curiosidade e o desejo da pesquisa, fortalecendo rótulos e estereótipos, como, por exemplo, pensar a ciência como uma atividade efetuada apenas por “gênios” ou “cientistas loucos”, ocasionalmente afastada da vida cotidiana. Pensamos que o ensino de ciências, nesses moldes, contribui para o estabelecimento de uma concepção de ciência na sociedade que a estabeleça como força neutra, legitimadora do conhecimento “verdadeiro” em prol do avanço tecnológico. Nos estudos de Vigotski, observa-se a defesa de uma ciência histórica, coletiva, humanizada e enraizada na cultura. O autor critica a ideia de neutralidade, de empirismo puro, de desconsideração dos fatores históricos e sociais indivisíveis na prática científica, assim como em qualquer outra atividade humana. Neste trabalho, foram realizadas entrevistas com professores de Biologia de uma instituição de ensino técnico federal na cidade do Rio de Janeiro nas quais buscou-se compreender suas concepções de ciência e de conhecimento científico e suas articulações dessas concepções com a prática didática. Os resultados mostram uma preocupação que vai além do mero conteudismo da disciplina. Os professores estimulam a discussão, o debate, o desenvolvimento do olhar crítico e a compreensão de ciências enraizada em fatores históricos, culturais, sociais, econômicos e políticos. Dentro de um grupo bastante heterogêneo de docentes, foi possível perceber uma coesão e união na instrução voltada para o desenvolvimento das concepções de ciência dos estudantes e na sua formação integral como cidadão |