Efeito da suplementação com amido resistente sobre a expressão do receptor aril hidrocarboneto em pacientes em hemodiálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Macedo, Renata de Azevedo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/8901
http://dx.doi.org/10.22409/PPGCCV.2018.m.14385778779
Resumo: Introdução: O desequilíbrio da microbiota intestinal presente na Doença Renal Crônica (DRC) promove a produção de toxinas urêmicas, como o ácido indol-3- acético (AIA), que se liga ao receptor aril hidrocarboneto (RAH), fator de transcrição envolvido na expressão de citocinas inflamatórias, possilvelmente por meio da ativação do fator nuclear kappa B (NF-B). Portanto, o RAH pode servir como mediador na inflamação em pacientes com DRC. Estratégias como a suplementação com prebióticos pode ser abordagem não farmacológica promissora para restaurar o equilíbrio da microbiota intestinal, minimizando os efeitos deletérios. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da suplementação com amido resistente (AR), um tipo de prebiótico, sobre os níveis plasmáticos do AIA e a expressão do mRNA de RAH e mRNA de NF-B em pacientes em hemodiálise (HD). Método: Ensaio clínico randomizado, duplo-cego, controlado por placebo no qual foram selecionados 43 pacientes estáveis em HD alocados nos grupos AR ou placebo. Os pacientes receberam, alternadamente, biscoitos e sachês contendo 16 g/dia de AR (Hi-Maize 260®) ou amido de mandioca durante 4 semanas. Amostras de sangue em pré-diálise em jejum foram coletadas e os níveis plasmáticos de AIA medidos por cromatografia líquida de alta eficiência. Células mononucleares do sangue periférico foram isoladas e processadas para análises de expressão de mRNA do RAH e do NF-B por PCR em tempo real (rt- PCR). Parâmetros antropométricos, bioquímicos e ingestão alimentar também foram avaliados. Resultados: Trinta e um pacientes completaram o estudo, 15 (47% homens; 56,1 ± 7,5 anos; 50,0 ± 36,6 meses de HD; Kt/V de 1,3 ± 0,2) no grupo AR e 16 (69% homens, 53,6 ± 11,5 anos, tempo 44,3 ± 26,4 meses de HD; Kt/V de 1,4 ± 0,3) no grupo placebo. Apesar de não ter ocorrido alterações significativas nos níveis plasmáticos de AIA [2329,5 (1112- 3451) ug/L a 1667 (1191-2934) ug/L, p= 0,16], tampouco na expressão de mRNA do RAH (1,08 ± 0,5 a 1,12 ± 0,45, p = 0,84) após a suplementação com AR, foi observada correlação positiva (r=0,48; p= 0,03) entre o AIA e o RAH no baseline. Também não houve alteração no mRNA do NF-B (1,35 ± 0,81 a 0,97 ± 0,37, p=0,06) após a suplementação com AR. Conclusão: Embora a suplementação de AR não tenha influenciado os níveis plasmáticos de AIA ou a expressão do RAH, a associação positiva entre eles reforça possível interação entre eles.