Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Costa, Ricardo da Gama Rosa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/24632
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Resumo: |
Esta tese visa desenvolver um exame crítico da atuação política, entre os anos de 1958 e 1964, do Partido Comunista Brasileiro (PCB), na época, o principal partido da esquerda brasileira. O objetivo é buscar elementos para uma melhor compreensão das razões que levaram à derrota das esquerdas e dos movimentos sociais em 1964. O trabalho foi centrado na análise da interpretação que dirigentes e intelectuais ligados ao PCB construíram acerca da realidade brasileira no período histórico compreendido entre a adoção da linha política inaugurada com a Declaração de Março de 1958 e o golpe militar de 1964. Buscou-se compreender de que maneira os membros do PCB, profundamente envolvidos na tradição forjada pelas teses da Internacional Comunista, que advogava a necessidade de uma etapa democrático-burguesa no caminho da revolução socialista, enxergaram as transformações econômicas e sociais operadas, naquele instante, na sociedade brasileira. À “imagem de Brasil” elaborada no interior do PCB, marcada pela dualidade do progresso industrial e do atraso estrutural do país, o que exigiria a remoção dos “entraves” ao pleno desenvolvimento das forças produtivas e do capitalismo nacional (entraves estes identificados com os “resquícios feudais” no campo – o monopólio da terra exercido pelo latifúndio – e o imperialismo, visto como uma verdadeira “bomba de sucção” dos recursos nacionais), buscou-se, pois, associar a geração de uma tática política que, de fato, demonstrou ser incapaz de hegemonizar os setores populares na resistência e na luta contra as frações mais dinâmicas da burguesia brasileira, as quais pretendiam, ao contrário de participar de um projeto nacionalista, consolidar o desenvolvimento das relações de produção no sentido da plena afirmação do capitalismo monopolista no país. Em meio às crises do pré-64, os dirigentes comunistas, ao mesmo tempo em que radicalizavam o discurso e as ações esperando que a agudização da crise social contribuísse para o desencadear do choque frontal com os grupos reacionários, mantiveram-se confiantes na linha que apostava na aliança dos trabalhadores com a “burguesia nacional progressista”, ponto central da estratégia nacional-libertadora confirmada nos debates travados no interior do partido e através dos textos publicados nos veículos que compunham a imprensa do PCB |