Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Silva, Túlio César Aguiar |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/33999
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Resumo: |
A biorremediação é um mecanismo natural de limpeza que atrai cada vez mais a atenção de cientistas, autoridades e comunidades interessadas nas questões acerca da despoluição ambiental. Uma grande variedade de organismos pode ser utilizada para fins de biorremediação e, nos corpos hídricos, as algas se apresentam como um importante agente de monitoramento e remediação, dada sua capacidade de absorção de poluentes. Nesse contexto, o presente trabalho se propõe a avaliar o potencial das algas marinhas da espécie Ulva fasciata em um ensaio de bioacumulação em laboratório. A fim de simular sua exposição a subprodutos do petróleo, em função de diferentes doses e do tempo, três tipos de combustíveis fósseis (Diesel, Gasolina e Querosene) foram despejados, em dosagens de 10 mL, 20 mL, 40 mL e 160 mL, em recipientes contendo água do mar e certa massa algal. Após 1h, 12h e 24h foram retiradas alíquotas dessas algas a fim de avaliar a bioacumulação. Para isso, dois tipos de análises foram feitas: determinação da fração biogênica do carbono 14 através da quantificação por Espectrometria de Massa com Aceleradores (14C-AMS) e análise da distribuição de n-alcanos por cromatografia gasosa com detector de ionização de chama (GC- FID). A amostra controle (sem contaminação por subprodutos de petróleo) teve como resultado 99,1% de fração biogênica e, sua concentração de n-alcanos foi nula – ou baixa o suficiente para não ser detectada pelo cromatógrafo. As alíquotas de algas contaminadas por querosene também não exibiram a presença de n-alcanos, assim como a composição dessas amostras também se mostrou como quase 100% biogênica, resultados diferentes do que era esperado, já que a presença desses derivados de petróleo aumentaria a fração fóssil do carbono, e sendo os n-alcanos os compostos predominantes no petróleo, sua presença deveria ser detectada. Amostras contaminadas por gasolina durante 1h apresentaram concentração total de n-alcanos nula enquanto as demais alíquotas apresentaram concentração total de alifáticos acima de 100 μg.g-1 , valor indicativo de contaminação por combustíveis fósseis, atingindo máximo de 3.358 μg.g-1 em G-16C0 t3. A contaminação por diesel resultou em concentração máxima de alcanos de 344.746 μg.g-1 em D-C0 t3, tendo concentração acima de 100 μg.g-1 em todas as alíquotas. Em D-C0 t3 e D-16C0 t3 também ocorreu diminuição da fração biogênica. O IPC, próximo de 1, para todas amostras contaminadas por diesel e gasolina, é outro indicador de contaminação petrogênica, assim como a razão Pri/Fi, que forneceu uma média de 1,12 para a contaminação por diesel e 0,49 para a contaminação por gasolina. As razões C17/Pri e C18/Fi, maiores que 2, indicam contaminação recente. Os resultados obtidos confirmam a capacidade de retenção de contaminantes fósseis por algas Ulva fasciata e demonstram a eficácia das técnicas utilizadas para analisá-las; porém, devido a algumas limitações observadas, se faz necessário refinar a construção do experimento, aperfeiçoando algumas etapas da metodologia, para que os dados obtidos possam contribuir ainda mais no uso das algas para a bioremediação da poluição fóssil em ambientes externos. |