Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Roberto Stefan de Almeida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://app.uff.br/riuff/handle/1/9438
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Resumo: |
A paracocidioidomicose é uma micose granulomatosa profunda, causada pelo fungo dimórfico Paracoccidioides brasiliensis, com ocorrência limitada aos países da América Latina. O P. brasiliensis pode se apresentar nas formas de conídios (forma livre encontrada na natureza) ou de leveduras (forma parasitaria). O modelo clássico de estudo da paracoccidioidomicose é o de infecção experimental murina por leveduras. Até o presente momento não há estudos que comparem o desenvolvimento da resposta inflamatória na fase inicial da infecção com conídios, que simularia o modelo natural de infecção, com a infecção por leveduras, em camundongos. No presente estudo foi avaliada a reação inflamatória de camundongos BALB/c no inicio da infecção pulmonar de conídios ou de leveduras de P. brasiliensis. Desta forma os animais foram infectados pela via intratraqueal com 0.5 x 106 de leveduras ou de conídios de P. brasiliensis e nos dias 1, 3, 6, 10, 14 e 28 pós infecção foram avaliados o peso corporal e o índice pulmonar. No lavado broncoalveolar quantificou-se o número total de células recuperadas, os tipos celulares, a porcentagem de células apoptóticas e a produção de óxido nítrico. Nos linfonodos proximais ao sitio de infecção avaliou-se a frequência de linfócitos T e B. Realizou-se também, análise histopatológica do pulmão na 2ª e 4ª semana de infecção. Os resultados aqui apresentados demonstram que os animais infectados do 1º. ao 4º. dia tiveram uma acentuada redução de peso corporal e de forma inversa um aumento do índice pulmonar. Estudando o lavado broncoalveolar verificou-se que as duas formas de infecção apresentaram aumento expressivo de células polimorfonucleadas, seguido de um aumento gradativo das mononucleadas, com elevação da porcentagem de células em apoptose no 1° e 3° dia. Estas alterações foram mais expressivas nos animais infectados por conídios. Por outro lado a produção de óxido nítrico foi mais acentuada nas células provenientes de animais infectados com leveduras. Independente da forma de infecção foi verificada um expressivo aumento do número de células dendríticas. Já no linfonodo mediastínico dos animais infectados foi observado uma diminuição transitória da porcentagem de linfócitos B seguido de um significativo aumento ao 10° dia. Verificou-se também no 10° dia após infecção, uma significativa diminuição da freqüência de linfócitos T. O exame histopatológico do tecido pulmonar apresentou diferenças entre os grupos estudados. Enquanto que camundongos infectados por conídios apresentavam extenso infiltrado inflamatório com granulomas bem definidos na segunda e quarta semana após a infecção o grupo infectado por leveduras possuía granulomas pouco delimitados entre si. A infecção resultou uma marcação positiva para de metaloproteinase-9 nas áreas de infiltrado inflamatório, sem a deposição ou degradação de fibras colágenas. A análise conjunta destes resultados sugerem que as diferenças observadas na fase inicial da infecção por conídios ou por leveduras de P. brasiliensis podem influenciar no perfil inflamatório da fase inicial da paracoccidioidomicose experimental murina |