Avaliação da qualidade da informação sobre medicamentos anticoncepcionais nos sítios eletrônicos do Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Almeida, Maria Fernanda Perrut de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/21768
https://dx.doi.org/10.22409/PPG-GAFAR.2020.mp.08769327661
Resumo: Grande parte da população mundial busca na internet informações de saúde, tanto relacionadas às doenças como aos medicamentos. A quantidade de informações online relativas à saúde cresce vertiginosamente, entretanto a qualidade do que é exposto na internet ainda é pouco discutida e regulada no Brasil. Sabe-se que muitas dessas informações não são confiáveis e não são providas de embasamento científico. Nesse contexto, é evidente a necessidade de estudos que avaliam a qualidade das informações sobre medicamentos disponíveis na internet. O presente trabalho consiste em um estudo analítico e transversal que pretende avaliar a qualidade das informações acerca dos medicamentos anticoncepcionais em páginas de sítios eletrônicos brasileiros. Para avaliação foram usadas duas ferramentas. A primeira foi elaborada a partir de dados da literatura relacionados aos aspectos farmacológicos dos anticoncepcionais; a segunda foi a desenvolvida por Mendonça e Neto (2015), adaptada para o presente estudo. Estas ferramentas propõe a utilização de três dimensões distintas - conteúdo, técnica e design - para a avaliação da qualidade da informação sobre saúde em sítios eletrônicos. Após a avaliação de 100 páginas de sítios eletrônicos sobre medicamentos anticoncepcionais, verificou-se que 1 % delas se classificou com qualidade alta, 59 % se enquadrou na qualidade moderada e 40 % na qualidade baixa. Dentro dos critérios menos abordados nas páginas podem-se destacar: principais contraindicações (3 %); instruções de uso (20 %); principais interações medicamentosas (12 %); apresentam as fontes das informações disponíveis (18 %); certificado por alguma instituição credenciadora (12 %); forneciam as credenciais dos autores (23 %). Os resultados evidenciam deficiências importantes nas informações sobre saúde e medicamentos veiculadas na internet, podendo contribuir para o uso irracional de medicamentos e provocar falhas no tratamento, além de fomentar a automedicação. Diante disso, reforça-se a importância da regulamentação do que é veiculado na internet, com o objetivo de estabelecer padrões de qualidade que auxiliem os usuários na busca de informações confiáveis