O Movimento Nacional de Luta pela Moradia: uma leitura freireana do mutirão na Ocupação Manoel Congo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Nepomuceno, Mariana Diniz Bittencourt
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/25946
Resumo: Esta tese de doutorado analisa o mutirão Ocupação Manoel Congona cidade do Rio de Janeiro, vinculado ao Movimento Nacional de Luta pela Moradia, focalizando, particularmente, as relações político-pedagógicas instauradas no mutirão realizado para a reabilitação de moradias no imóvel ocupado. Adota-se, como base para a investigação sobre o processo de urbanização (mais especificamente da cidade do Rio de Janeiro), a análise dinâmica do espaço proposta por Maurício Abreu (2010), partindo da categoria teórica “Formação Social”,formulada por este autor. O referencial teórico é construído a partir da interlocução com alguns autores como Paulo Freire, Antonio Gramsci, David Harvey, Milton Santos, Maria da Glória Gohn – dentre outros. No primeiro capítulo traça-se um histórico da “crise” de moradia e da distribuição desigual tanto do espaço rural e urbano como vetores de expansão do capital no meio urbano e as resistências populares ao mesmo; no segundo capítulo analisam-se organizações populares pela moradia no Rio de Janeiro ao longo do século XX e XXI e as formas de participação política dos cidadãos na luta pelo direito à cidade; no terceiro, investiga-se o Movimento Nacional de Luta Pela Moradia, abordando seus princípios, sua história, sua organização interna e sua atuação no cenário político brasileiro nos dias de hoje; no quarto capítulo trata-se da Ocupação Manoel Congo e da educação popular em mutirão, analisando a história da Ocupação, do perfil de seus integrantes e da gestão interna desta, assim como seus desafios internos e externos; e, finalmente, no quinto capítulo a análise se apoia, além do referencial teórico e bibliográfico, em seis entrevistas biográficas realizadas especificamente para esta pesquisa, focalizando a dimensão político- educativa do mutirão autogestionado na Ocupação a partir de uma leitura freireana dos relatos dos ocupantes mutirantes. A hipótese é a de que as relações intersubjetivas constituídas no mutirão autogestionado realizado na Ocupação Manoel Congo podem gerar uma práxis transformadora. Supõe-se que a partir do processo de construção de moradias que novos valores e tipos de sociabilidade circularam no mutirão para a reabilitação de moradias, realizado a partir de 2013, e se consolidaram entre os participantes da Ocupação