Perfis de resistência a antimicrobianos e virulência de amostras de Enterococcus spp. isoladas da microbiota intestinal de cães domiciliados na região metropolitana no Estado do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Sabino, Hellen dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dog
Link de acesso: http://app.uff.br/riuff/handle/1/27110
http://dx.doi.org/10.22409/PPGMPA.2022.m.12888428725
Resumo: Enterococcus spp. são membros comuns da microbiota intestinal humana e animal.Além de Enterococcus faecalis (Efc) e Enterococcus faecium (Efm), outras espécies nãoE. faecalis ou E. faecium (NEfc-Efm) têm sido responsáveis por infecções relacionadasà assistência em saúde (IRAS). Além disso, cepas de NEfc-Efm também foramidentificadas em animais, tal fato é preocupante, pois o contato próximo entre humanose animais pode permitir a transmissão interespécie de cepas multirresistentes compotencial patogênico. Desta forma, o presente estudo tem como objetivos de investigaros perfis de resistência aos antimicrobianos e a virulência de amostras de NEfc-Efm deorigem canina isoladas da microbiota intestinal. Para o estudo, 260 swabs retais foramcoletados de cães do Estado do Rio de Janeiro, no período entre 2015 e 2017.Subsequentemente a identificação por espectrometria de massas pordessorção/ionização a laser assistida por matriz com analisador por tempo de voo(MALDI-TOF MS), um total de 115 amostras de NEfc-Efm, Enterococcus gallinarum (n:48), Enterococcus casseliflavus (n= 17), Enterococcus hirae (n= 17), Enterococcusavium (n= 14), Enterococcus canintestini (n= 9), Enterococcus raffinosus (n= 9) eEnterococcus canis (n= 1) foram incluídas no estudo. O perfil fenotípico de resistênciaaos antimicrobianos foi determinado pelo método de disco-difusão para 16antimicrobianos pertencentes às classes dos glicopeptídeos, aminoglicosídeos, beta-lactâmicos, macrolídeos, fenicol, quinolonas, tetraciclinas e oxazolidinona e outros.Também foi investigada a concentração mínima inibitória pelo E-test para vancomicina elinezolida para amostras não susceptíveis a estes antimicrobianos. Foram pesquisados14 genes de resistência pela reação em cadeia da polimerase (PCR) nas amostras nãosusceptíveis aos antimicrobianos testados por disco-difusão. A presença dos genes devirulência cylA (citolisina), esp (proteína de superfície enterocócica), asa1 (substânciade agregação), gelE (gelatinase) e hyl (glicosil hidrolase) também foi investigada por suadetecção direta por PCR. A maior taxa de resistência foi observada para rifampicina(38%), tetraciclina (26%) e eritromicina (16%). Para a maioria dos antimicrobianostestados, as taxas de resistência foram inferiores a 5%. Não foram observadas amostrasresistentes à gentamicina e linezolida. E. raffinosus apresentou o maior percentual deamostras com perfis de multirresistência (56%), seguido de E. canintestini (22%) e E.gallinarum (13%). Nesta espécie, foram detectados os genes ant(6)-Ia (6%), erm(B)(6%), tet(L) (14%) e tet(M) (22%). Também foram detectados os genes tet(L) (17%) etet(M) (11%) em amostras de E. hirae, tet(M) de E. avium (7%) e de E. raffinosus (11%).Os genes de virulência investigados foram detectados em amostras de E. gallinarum[hyl (2%) e gelE (6%)], E. avium [asa1 (7%) e esp (42%)], E. canintestini [esp (44%)] eE. raffinosus [esp (33%)]. Apesar de ter sido encontrada uma baixa frequência deresistência aos antimicrobianos usados no tratamento de infecções enterocócicas, alémde um pequeno número de amostras com genes de resistência e virulência em espéciesNEfc-NEfm isoladas de cães, o monitoramento contínuo animais domésticos são deextrema importância, pois há pouco conhecimento sobre as características deresistência e virulência de amostras de NEfc-NEfm de cães e seu risco potencial parahumanos