Tratamento de pseudoartrose diafisária de fêmur com infiltração de concentrado autólogo de células mononucleares de medula óssea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Guimarães, João Antônio Matheus
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/11303
Resumo: As fraturas da diáfise do fêmur são comuns em adultos jovens e quase sempre resultam de traumas de alta energia, em consequência de acidentes de trânsito e de violência urbana. O tratamento deste tipo de fratura é a fixação com haste intramedular bloqueada (HIMB) visando manter o comprimento, alinhamento e rotação do fêmur. Apesar do avanço proporcionado pelo uso das HIMB os índices de pseudartrose permanecem em torno de 13,6%. Considerando-se o conhecimento atual dos mecanismos biológicos envolvidos no processo de consolidação óssea, a injeção percutânea de medula óssea autóloga passou a ser considerada como uma opção para promover um estímulo osteogênico suplementar em focos de pseudartrose. Neste estudo avaliamos a consolidação óssea após o tratamento com infiltração local de concentrado autólogo de células mononucleares da medula óssea (BMMNCs) em 16 pacientes com pseudartrose após uma fratura da diáfise do fêmur tratadas com HIMB. O procedimento foi considerado seguro e foi capaz de induzir a osteoformação em todos os pacientes, embora a magnitude desta resposta não tenha sido uniforme. A consolidação clínica e radiográfica da pseudartrose foi observada entre três e oito meses depois do tratamento, em oito pacientes que receberam um concentrado celular enriquecido com um grande número de BMMNCs. A evolução do processo de consolidação por um período de até oito meses após a infiltração celular permite sugerir que as BMMNCs são capazes de restaurar a biologia do microambiente e o turnover ósseo no foco de pseudartrose. Um outro resultado deste estudo foi a observação de que a predisposição genética à pseudartrose, caracterizada pelos polimorfismos dos genes BMP-4, FGFR-1 e FAM5C, não influenciou na resposta ao tratamento com BMMNCs. A partir desses resultados acreditamos que a realização de novos estudos randomizados em maior escala, para aprofundar a investigação neste tipo de tratamento irão confirmar a nossa hipótese de que o ambiente biológico tem importância fundamental no processo de consolidação de pseudartrose.