Avaliação da expressão das proteínas p16, p53 e ki-67 e da presença do papilomavírus humano no carcinoma de células escamosas oral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Candreva, Monique Santana
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/33578
Resumo: Introdução: O carcinoma de células escamosas representa 90% das neoplasias malignas orais. O papilomavírus humano (HPV) é um vírus oncogênico que atua como fator iniciador/promotor de carcinomas de células escamosas em cólon de útero, vulva, vagina, pênis, ânus e orofaringe. Contudo, o seu papel na carcinogênese do carcinoma de células escamosas oral ainda é incerto. Umas das limitações da maioria dos estudos que investigaram o HPV em carcinoma de células escamosas oral é a falta de realização de metodologia sensível para a detecção do HPV, incluindo a sua tipificação, combinada com a análise da sua atividade biológica. A simples identificação do HPV nas lesões potencialmente malignas e carcinoma de células escamosas oral não demonstra a participação deste no processo de carcinogênese. Objetivo: Investigar a expressão das proteínas p16, ki-67, p53 e a presença do papilomavírus humano em amostras de carcinoma de células escamosas oral. Material e métodos: Trata-se de um estudo transversal e retrospectivo em que foram incluídos blocos de parafina de casos de carcinoma de células escamosas. A expressão das proteínas p16, ki-67 e p53 foram avaliadas por imuno-histoquímica e quantificadas por um sistema computadorizado e a técnica de nested PCR foi utilizada para identificação do HPV. Resultados: Dos 40 participantes, encontrou-se CCE oral mais prevalente em homens, negros, idosos, sendo mais frequente em mucosa do palato mole, assoalho de boca e língua, com aspecto clínico misto: lesão endofítica e exofítica, e grau histopatológico moderadamente diferenciado. A maioria era tabagista ou ex-tabagista (76,5%) e com histórico de consumo de álcool (60%). A prevalência do vírus foi baixa na amostra (5%), sendo a maioria dos CCE apresentava imunopositividade para a proteína p53 (55% dos casos), imunonegatividade para p16 (75%) e baixo índice de proliferação celular (82.5%). Os dois (5%) casos positivos para HPV apresentaram baixo índice de proliferação celular e imunonegatividade para as outras proteínas. Na inter-relação entre o percentual de expressão da proteína p16, na regressão linear (R2=0,54; p=0,0002), o maior percentual da p16 foi associado com o índice de proliferação celular baixo (p=0,003). As mulheres (87,5%) apresentaram maior percentual de positividade da p53 do que os homens (p=0,054). Houve maior consumo de álcool em participantes com CCE imunonegativos para a p16 do que aqueles com expressão da proteína p16 (p=0,0039). Os ex-tabagistas apesentaram maior índice de proliferação celular quando comparados aos tabagistas (p=0,029). Conclusão: Houve baixa prevalência do HPV nos CCE orais e não se observou associação deste vírus com o processo carcinogênico. A proteína p16 apresenta maior expressão em tumores com alto índice de proliferação celular e em indivíduos negros(as). Houve relação direta entre o tempo de tabagismo e maiores índices de proliferação celular. Quanto à proteína p53, observamos maior expressão em tumores de mulheres.