Duração do sono e modificação do consumo alimentar de adolescentes após ações educativas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Silva, Natália Cardoso da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Niterói
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/11183
http://dx.doi.org/10.22409/PPGSC.2019.m.13065241722
Resumo: Introdução: Observa-se tendência de diminuição da duração do sono dos adolescentes que pode ser ocasionado por fatores fisiológicos e sociais. A privação do sono em adolescentes pode contribuir para o mau desempenho escolar, dificuldade de memorização e concentração. Além de ser importante para o adequado funcionamento do metabolismo e essencial à vida, o sono tem sido associado a aspectos do consumo alimentar. A privação de sono parece contribuir para o desequilíbrio de hormônios associados a fome e saciedade (grelina e leptina), levando ao aumento do consumo alimentar, mas principalmente por alimentos não saudáveis. Ações educativas têm sido realizadas a fim de promover melhores hábitos alimentares e redução do Índice de Massa Corporal, mas nem sempre os resultados são satisfatórios. Estudos realizados em adolescentes mostram associações entre duração do sono e escolhas alimentares, mas não há resultados sobre a associação da duração do sono e sua relação com a modificação do consumo alimentar após ações educativas com este fim. Objetivo: analisar a modificação da frequência semanal do consumo alimentar de marcadores da alimentação saudável e não saudável após ações educativas em adolescentes escolares, considerando a duração do sono. Métodos: estudo longitudinal realizado com adolescentes do braço intervenção de um ensaio randomizado de base escolar com idade entre 9 a 17 anos, na cidade de Duque de Caxias, RJ, no ano de 2016. Para informações de hábitos de vida e dados sobre a duração do sono, foi aplicado questionário autopreenchível com Personal Digital Assistant (PDA), no qual foram informadas a hora habitual de dormir e acordar. Para dados sobre o consumo alimentar foi aplicado Questionário de Frequência Alimentar contendo 21 grupos de alimentos sendo selecionados 8 marcadores da alimentação saudável e não saudável: feijão, frutas, leite, suco natural, verduras, biscoito recheado, presunto e refrigerante. As respostas de frequência de consumo foram tratadas como frequência de consumo semanal e a variável duração do sono tratada no formato 24h. Foram aferidos peso e estatura para cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). Para estimar a associação entre a duração do sono e frequência semanal de consumo foram utilizados modelos de análise longitudinal mistos para variáveis categóricas ordinal com distribuição assimétrica com o procedimento PROC Genmod, modelo gama com função logarítmica (link log), utilizando o Software Statistical Analysis System, version 9.3 (SAS Institute Inc, Cary, NC). Estimaram-se modelos brutos e ajustados por potencias variáveis de confundimento, considerando nível de significância estatística de 5%. Ressultados: Foram incluídos 1061 adolescentes, 50,1% do sexo masculino, com duração média de sono de 9,04 horas. Na análise da variação da média estimada da frequência semanal de consumo, observou-se, para cada aumento de uma hora na duração do sono, a redução média de 5% da frequência semanal do consumo de refrigerante com significância estatística que se manteve após ajuste por sexo e idade (Expβ= 0,95; IC: 0,91 – 0,99). Não foram encontrados resultados estatisticamente significativos entre a duração do sono e a variação da frequência semanal do consumo de feijão, leite, fruta, salada, biscoito recheado e presunto. Conclusão: A duração do sono pode estar associada a modificação da frequência semanal do consumo de refrigerante, após ações educativas, em adolescentes escolares