(Re)pensando o arquivo a partir da noção de dispositivo: um estudo epistemológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Lacerda, Thays
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/13877
Resumo: Pesquisa teórica-conceitual com objetivo de promover a reflexão do arquivo inserido em um conjunto de práticas sociais, como um elemento essencial nos jogos de poder contemporâneos, assim como oferecer instrumentos teóricos que permitam a seguinte pergunta: em que ponto das relações ordenadas pelo Dispositivo de Arquivo, em um determinado tempo, encontramos o arquivo? Almejou contribuir para um estudo teórico dos arquivos que considere suas práticas, seus efeitos e os modos de acreditação a eles articulados, incluindo o esforço para dar visibilidade às suas operações, na busca pela desnaturalização de seus movimentos, sejam aqueles que o constituem ou aqueles por ele constituído. Adotou, como constructo teórico, as obras de Michel Foucault para o reposicionamento dos arquivos nos campos sociais, políticos e culturais, apropriando-se da noção de Dispositivo. A pesquisa propôs uma nova categoria de Dispositivo – o Dispositivo de Arquivo – que fornecesse um outro aparato teórico que pudesse colaborar na discussão sobre o lugar dos arquivos. Estabeleceu, como hipótese, que a existência dos arquivos é condicionada pelas dinâmicas ordenadas pelo que chamou de Dispositivo de Arquivo que confere institucionalidade, legitimidade e autoridade ao arquivo, além de sua própria existência. Considerou também a relação entre arquivo e memória, destacando que a memória é um dos funcionamentos do arquivo e não o arquivo em si, buscando, assim, estabelecer novas relações entre arquivo e memória a partir da emergência dos discursos memorialísticos pós anos 1980, destacando o lugar do arquivo como um elemento essencial na construção das narrativas sobre o passado formalizado. Apontou que o arquivo age no tempo – manipulador do tempo histórico – a partir de seus poderes institucional, legitimador e arcôntico que lhe foram conferidos pelos jogos de poder e relações de força arranjados no Dispositivo de Arquivo. Como pesquisa teórico-epistemológica, sumamente bibliográfica, a opção metodológica foi a análise da literatura de áreas como a Arquivologia, a História, a Filosofia e a Ciência da Informação.