Gestão do trabalho na Cooperminas: mobilização de competências e coletivos de trabalho na atividade dos operadores de uma mina de carvão em luta pela autogestão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Araujo, Fernanda Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/4072
Resumo: Esta tese propõe-se a analisar a gestão do trabalho pelo olhar da atividade em uma mina de carvão em luta pela autogestão, assim contribuindo com os estudos sobre as Empresas Recuperas por Trabalhadores no Brasil. Para elaborar esse ponto de vista recorremos à ergonomia da atividade, à perspectiva ergológica e à psicodinâmica do trabalho, nos valendo especialmente do que essas disciplinas/abordagens/perspectivas puderam oferecer a respeito do tema das competências e da dimensão coletiva da atividade. Um panorama do universo da mineração de carvão e das lutas históricas dos trabalhadores pela autogestão do trabalho e da produção também compuseram nosso referencial para a análise. Nossa ida a campo se apoiou na metodologia da Análise Ergonômica do Trabalho, enriquecida por outras influências fundamentais para adaptá-la à realidade estudada e aos nossos objetivos de pesquisa. O resultado dessa experiência mostra que a luta dos trabalhadores da COOPERMINAS pela autogestão do trabalho e da produção está longe de cessar. Se por um lado podemos afirmar que importantes conquistas foram alcançadas pela resistência cotidiana dos trabalhadores favorecendo o bem estar das pessoas e a eficácia da produção, por outro, apontamos uma série de limitações que decorrem das contradições impostas por um cenário adverso no qual a luta dos trabalhadores se configura como um projeto extremamente conflitivo. O olhar para a atividade, orientado pelos conceitos de competências e coletivos de trabalho, foi fundamental para a elaboração dessa análise.