Caracterização, perfil metabolômico, atividade antioxidante, antitumoral e osteogênica da polpa da manga Tommy Atkins (Mangifera indica L.) desidratada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Sodré, Lia Igel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/35232
Resumo: Introdução: De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a população global com mais de 60 anos atingirá 2 bilhões de pessoas até 2050, representando um quinto da população mundial. Com o envelhecimento global, é urgente encontrar alternativas eficazes para tratar doenças comuns nesse grupo, como osteoporose e câncer. Nesse contexto, a Mangifera indica L. (manga) se destaca como um alimento funcional rico em vitaminas, fibras e fitoquímicos, como compostos fenólicos e carotenoides, com propriedades antioxidantes promissoras. Compostos bioativos da manga, como mangiferina, ácido clorogênico e astaxantina, têm mostrado potencial na formação de tecido ósseo e cartilaginoso a partir de células-tronco mesenquimais, além de atividade antitumoral em diversos tipos de câncer, incluindo mama, ovário, colorretal, pulmão e próstata. Objetivo: Avaliar e caracterizar o perfil metabolômico, o potencial antioxidante, antitumoral e osteogênico da polpa da manga desidratada in vitro. Materiais e métodos: A polpa da manga desidratada(PMD) foi obtida pelo método foam mat drying, sendo seus compostos bioativos identificados por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC), Espectrometria de massas, e pelo método Folin-Ciocauteau; O potencial antioxidante de PMD foi avaliado através dos métodos in vitro DPPH (2,2-difenil-1-picrilidrazil), ABTS (2,2 acid-azino-bis 3-6 ethylbenzothiazolinsulfonic) e Teste de Capacidade de Absorção do Radical Oxigênio (ORAC). A avaliação antitumoral de PMD foi realiza in vitro com o uso de células de adenocarcinoma colorretal humano (CACO-2) e de osteosarcoma humano(MG63), através dos ensaios de citotoxicidade MTT, apoptose celular Anexina/PI e ensaio clonogênico. Para avaliação da osteogênese, células tronco mesenquimais derivadas do tecido adiposo(ADSCs) e MG63 foram cultivadas em meio tratado ou não com PMD, sendo a produção de matriz óssea avaliada através da coloração Alizarina Red. Resultados: PMD apresentou potencial antioxidante significativo, além de ser caracterizada como fonte de compostos fenólicos e carotenoides. In vitro, PMD reduziu significativamente a viabilidade das células CACO-2 e MG63 de maneira dose e tempo dependente, com efeito mais expressivo na dose de 5mg/mL após 96hrs, com redução de 78,3% e 72,69% das células viáveis em comparação ao controle (p < 0.01 - p < 0.001). PMD também aumentou significativamente a apoptose tanto inicial quanto tardia nas células CACO-2 e MG63 e (p < 0,001 e p < 0,05), além de redução significativa no número de colônias (p < 0,05 e p < 0,001). PMD estimulou a osteogênese em células ADSCs e MG63 consideravelmente quando comparado aos controles (sem tratamento), evidenciado pelo acúmulo de matriz óssea (Alizarina Red). Discussão e conclusão: PMD apresenta atividade antioxidante importante além de ser fonte de compostos bioativos como compostos fenólicos e carotenoides. Além de potencial como agente antitumoral, e pró-osteogênico in vitro, no entanto, são necessários estudos adicionais para elucidar os mecanismos moleculares subjacentes a essas atividades e para avaliação dessas ações in vivo.