Da leitura à escrita: as memórias camilianas de Pedro Paixão e Mário Cláudio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Kano, Ivan Takashi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://app.uff.br/riuff/handle/1/14184
Resumo: Este trabalho se propõe a analisar dois romances portugueses contemporâneos - Camilo Broca (2006), de Mario Claudio, e Portokyoto (2001), de Pedro Paixão - a partir do modo como cada um estabelece diálogos com a obra do escritor Camilo Castelo Branco. Para tanto, tentamos abarcar um conceito de leitura que nos permitisse não só compreender os dilemas de cada espaço romanesco - personagens que se identificam como leitores e escritores -, mas também estabelecesse um parâmetro de comparação mais seguro entre dicções literárias marcadamente distintas. A persistência em se olhar ao espelho do autor de Amor de perdição acaba por configurar pontos de coincidência que estão implicados na trama de citações tecida por cada narrativa, tais como: a retomada da fronteira entre a ficção e a confissão, instituída no jogo da escrita biográfica; a desconfiança com relação a capacidade mimética da linguagem; o questionamento mais ou menos efetivo de discursos canônicos acerca do escritor do Oitocentos. Nesse contexto, se o contato com a vasta produção de Camilo Castelo Branco colabora explicitamente para a compreensão de ambos os textos contemporâneos, tentamos propor, ainda, um exercício de leitura sustentado pela hipótese de que também o confronto com esses textos acaba por realçar lugares de força da obra camiliana, especialmente no que tange ao seu caráter amplamente metaficcional